As equipes de combate a endemias da Prefeitura de Belém deram início a uma ação inédita no Parque da Cidade, sede oficial da COP30. No local, foram instaladas 119 armadilhas conhecidas como Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs), dispositivos que utilizam o próprio mosquito Aedes aegypti como vetor de controle, levando o produto para outros criadouros e interrompendo o ciclo de reprodução.
A estratégia, desenvolvida em parceria com o Ministério da Saúde e a Universidade Federal do Pará (UFPA), integra o plano de vigilância sanitária da capital durante a Conferência do Clima. A operação contou com mais de 20 agentes que percorreram as áreas verdes do parque, mapeando pontos críticos e distribuindo os equipamentos em locais estratégicos.
Os resultados da política de combate ao Aedes em Belém já são expressivos: os casos de dengue caíram 59% em 2025 em relação ao ano anterior, uma redução de 2.077 para 792 registros. A queda é atribuída ao uso de tecnologia, inteligência geoespacial e capacitação das equipes da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma).
Segundo o pesquisador Moisés Batista da Silva, da UFPA, que coordenou a instalação das EDLs, o trabalho se baseia em evidências e prioriza os locais com maior vulnerabilidade.
As nossas equipes agem onde os dados mostram risco elevado. A instalação no Parque da Cidade garante um ambiente mais seguro tanto para visitantes quanto para moradores durante a COP30”, afirmou.

A experiência tem chamado atenção nacional e consolidado o chamado Modelo Belém de enfrentamento ao Aedes aegypti, que combina inovação, eficiência e economia de recursos públicos. O sistema unifica tecnologia, monitoramento em tempo real e ação territorial, liberando equipes e leitos do SUS para outras demandas.
A mobilização segue neste sábado (8), com o Dia D de Combate à Dengue, Zika e Chikungunya, promovido em parceria entre a Sesma e a Sespa. As ações incluem distribuição de materiais educativos e orientações à população sobre medidas simples de prevenção.









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