A ativista e influenciadora Luisa Mell, 47, realizou um protesto nesta quinta-feira (6), em Belém (PA), em frente ao local que sediou a reunião de chefes de Estado que abriu as discussões climáticas preparatórias para a COP30 — que começa oficialmente no próximo dia 10 de novembro.
A manifestação ocorreu após Luisa saber que apenas 40% dos alimentos servidos no evento seriam vegetarianos ou veganos. Para o ato, a ativista apareceu seminua, com o corpo pintado, em uma encenação que simulava um prato gigante, sendo “espetada” por um garfo. Ao fundo, uma imagem de floresta em chamas e um cartaz com os dizeres: “Por favor, seja vegano”. A ação teve apoio da organização internacional de direitos dos animais PETA.
Segundo Luisa, a intenção foi criticar a incoerência entre o discurso ambiental e a oferta de alimentos na programação da COP30. “Apesar de todo mundo já saber que a principal razão da destruição da Amazônia é a pecuária para plantar soja e milho, para alimentar animais de produção ou para virar pasto, apenas 40% da alimentação servida na COP é vegetariana ou vegana. Mais de 60% tem carnes e leites, que a gente sabe que é a causa, principalmente no Brasil, da emissão de metano e CO₂, causando a destruição dos nossos biomas”, declarou.
Ela também questionou a postura dos governos participantes. “Como que a gente pode estar discutindo soluções em uma COP e, ao mesmo tempo, ‘comendo’ as nossas florestas, financiando toda essa destruição? Mais uma vez, a hipocrisia. A própria ONU já disse que é impossível reverter o aquecimento global sem uma transição alimentar, então por que na própria COP a gente não tem uma alimentação vegana?”, afirmou.
O encontro desta quinta contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e teve como tema central “Clima, natureza, florestas e oceanos”. Um coquetel para as delegações estava previsto para ocorrer às 18h, no Centro de Convenções de Belém.
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