Pará está entre os estados mais vulneráveis do Brasil, aponta IPS 2025 - Estado do Pará Online

Pará está entre os estados mais vulneráveis do Brasil, aponta IPS 2025

Estudo revela que o Estado enfrenta graves desafios em infraestrutura, saúde, educação e sustentabilidade ambiental.

O Índice de Progresso Social (IPS) Brasil 2025 revelou fortes disparidades entre os estados brasileiros, com base em 57 indicadores sociais e ambientais que avaliam dimensões como saúde, educação, infraestrutura e serviços públicos. O ranking organiza os estados em nove faixas de desempenho, permitindo identificar de forma visual as regiões mais avançadas e as mais vulneráveis do País.

No topo do índice estão o Distrito Federal, São Paulo e Santa Catarina, que se destacam por seus bons resultados em educação, saúde e infraestrutura urbana. Já na outra ponta, os estados do Acre, Maranhão e Pará aparecem entre os piores colocados, refletindo baixa infraestrutura, serviços públicos precários e acesso limitado à educação de qualidade.

No caso do Pará, o levantamento evidencia pobreza persistente, baixa expectativa de vida e restrições severas em serviços básicos, mantendo o estado entre os mais vulneráveis do Brasil. O relatório destaca que o desenvolvimento local ainda é distante da realidade da população amazônica, onde muitas regiões convivem com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e presença limitada do Estado.

No Norte e Nordeste, apenas a Paraíba conseguiu se destacar, liderando o grupo de estados dessas regiões. A maioria, porém, enfrenta desafios estruturais graves, que vão desde transporte e infraestrutura urbana até saúde e educação, apontando a necessidade urgente de políticas públicas mais eficazes e consistentes.

Além dos fatores sociais e econômicos, o IPS também considera indicadores ambientais, como proteção de áreas verdes, gestão de recursos hídricos e preservação da biodiversidade. Apesar de serem ricos em recursos naturais, Pará e Acre enfrentam lacunas históricas na preservação ambiental, revelando desequilíbrios entre exploração econômica e sustentabilidade.

O estudo conclui que, enquanto alguns estados brasileiros avançam, outros ainda permanecem à margem do desenvolvimento. O desempenho de Pará, Maranhão e Acre reforça a urgência de ações públicas estruturantes, capazes de reduzir as desigualdades e garantir que a Amazônia e o Norte do Brasil não fiquem para trás.

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