Sindicato critica decisão do TJPA que poupou juiz acusado de assédio moral - Estado do Pará Online

Sindicato critica decisão do TJPA que poupou juiz acusado de assédio moral

Magistrado de Ourilândia do Norte foi apenas removido de comarca após quatro anos de processo disciplinar

Divulgação / Sinjep

O Sindicato das Trabalhadoras e dos Trabalhadores do Poder Judiciário do Estado do Pará (Sinjep) manifestou repúdio à decisão do Pleno do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) que manteve no cargo o juiz Juliano Dantas Jerônimo, acusado de assédio moral contra servidores da comarca de Ourilândia do Norte. A decisão foi tomada na 40ª Sessão Ordinária do tribunal, realizada na última quarta-feira (15).

O processo, iniciado em 2021, apurava denúncias de condutas abusivas atribuídas ao magistrado. Após quatro anos de tramitação, a maioria dos desembargadores decidiu pela remoção compulsória de comarca, pena considerada branda diante das acusações. O colegiado reconheceu a gravidade dos fatos, mas descartou aplicar a aposentadoria compulsória, a mais severa das sanções previstas pela Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman).

A relatora do processo, desembargadora Rosi Maria Gomes de Farias, chegou a propor a punição máxima, acompanhada inicialmente pelo revisor, desembargador Constantino Augusto Guerreiro. Contudo, a magistrada alterou seu voto e aderiu à decisão de remoção, que acabou sendo seguida pela maioria do Pleno.

O Sinjep, que acompanha o caso desde as primeiras denúncias, reafirmou solidariedade às vítimas e destacou que servidores relataram humilhações públicas, ameaças de prisão e intimidações por mensagens. O sindicato cobrou que o Judiciário paraense adote políticas mais eficazes de prevenção e punições mais firmes contra o assédio moral no ambiente de trabalho.

O Estado do Pará Online (EPOL) solicitou nota ao Tribunal de Justiça do Pará e aguarda retorno para atualização da matéria. O espaço segue aberto para esclarecimentos.

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