A Polícia Federal prendeu, durante a Operação Eclesiastes, deflagrada nesta quarta-feira (8), o filho do ex-prefeito de São Miguel do Guamá, Nenê Lopes (MDB), por suspeita de envolvimento dele em um esquema de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. Segundo as investigações, Vildemar Rosa Fernandes, conhecido na cidade como ‘Prefeitinho’, movimentou, junto a membros da organização criminosa, mais de R$ 1 bilhão de reais.
A Polícia Federal revelou ainda que ‘Prefeitinho’ já havia sido preso no ano passado por envolvimento em fraudes ambientais e garimpo ilegal na zona rural de São Miguel do Guamá. Além dele, também foi preso Marcelo Pantoja Rabelo, conhecido como ‘Marcelo da Sucata’, apontado como responsável pela logística e fluxo financeiro do grupo criminoso.
Durante o cumprimento do mandado de prisão de Marcelo da Sucata, um jovem, identificado como Marcello Carvalho, de 24 anos, morreu baleado, em um apartamento localizado no bairro do Umarizal, em Belém. A Polícia Federal alegou que Marcello, filho de uma escrivã, teria reagido à abordagem dos agentes e, por isso, foi atingido por disparos de arma de fogo, no entanto, a versão foi contestada pela família, que afirmou que o jovem não ofereceu resistência.
Ao todo, a Polícia Federal cumpriu 19 mandados de prisão e 30 de busca e apreensão em Belém, Ananindeua e cidades da região metropolitana, além de bloquear bens e valores que podem chegar a quase R$ 2 bilhões.
O EPOL entrou em contato com o ex-prefeito Nenê Lopes para solicitar posicionamento a respeito da prisão do filho do político e aguarda retorno.
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