O Governo Federal vai instituir um comitê para enfrentar os casos de bebidas contaminadas por metanol no país. O grupo, formado em parceria com representantes do setor e da sociedade civil, deve atuar tanto em ações de combate contra a adulteração de bebidas quanto na proteção dos produtores que atuam de forma regular. O anúncio foi feito pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, após reunião com entidades ligadas à indústria de bebidas.
O ministro classificou o problema como uma “crise econômica”, destacando que o setor de bebidas é responsável pela geração de empregos e arrecadação de impostos. Ele defendeu que as ações repressivas sejam direcionadas a quem atua ilegalmente, sem prejudicar empresas e comerciantes que seguem as normas.
O secretário nacional do Consumidor, Paulo Pereira, informou que dezenas de estabelecimentos e distribuidoras já foram notificados para prestar informações sobre as bebidas suspeitas. Segundo ele, parte dos locais foi interditada por fiscais municipais, e o trabalho agora se concentra em cruzar dados para identificar fornecedores ilegais. Pereira destacou que o governo busca apoio de centros de pesquisa para validar testes rápidos capazes de detectar metanol nas bebidas, fortalecendo o controle de qualidade e a proteção ao consumidor.
Como identificar:
A intoxicação por metanol é uma emergência médica grave. A substância, quando ingerida, pode causar cegueira, náuseas, dores abdominais e até a morte. Em caso de suspeita, a orientação é procurar imediatamente um serviço de emergência e entrar em contato com o Disque-Intoxicação da Anvisa (0800 722 6001) ou com o Centro de Controle de Intoxicações (CCI) de São Paulo, pelo número 0800 771 3733, disponível para todo o país.
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