Lista suja: Pará soma sete novos casos de trabalho escravo; São Félix do Xingu concentra ocorrências - Estado do Pará Online

Lista suja: Pará soma sete novos casos de trabalho escravo; São Félix do Xingu concentra ocorrências

Denúncias de trabalhos análogos à escravidão podem ser feitas anonimamente pelo Sistema Ipê.

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O Governo Federal atualizou a “lista suja” do trabalho análogo à escravidão nesta segunda-feira (6), conforme publicado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O Pará teve sete novas empresas e pessoas físicas incluídas no cadastro que reúne empregadores flagrados submetendo trabalhadores a condições degradantes.

​A nova relação do MTE incluiu 159 empregadores em todo o país, o que representa um aumento de 20% em comparação com a edição anterior do documento. Desse total, 101 são pessoas físicas e 58 são empresas que tiveram seus processos administrativos concluídos sem possibilidade de recurso.

​O Pará se destaca entre os estados com maior número de ocorrências, ficando na segunda colocação ao lado do Distrito Federal, ambos com sete novos nomes. Apesar disso, o número ainda é inferior ao de estados como Minas Gerais e São Paulo, que tiveram 33 e 13 inclusões, respectivamente.

​Na região, o município de São Félix do Xingu concentra o maior número de casos, totalizando sete empregadores na lista suja. Outras cidades paraenses também apareceram na relação, como Novo Progresso, Cumaru do Norte, Itaituba, Dom Eliseu, Nova Ipixuna, Placas, Pacajá, Benevides, Anapu, Tomé-Açu, Tucuruí, Moju, Magalhães Barata e Terra Alta.

​As principais atividades flagradas foram a criação de bovinos para corte, com 20 empregadores, e os serviços domésticos, com 15 casos na lista. A fiscalização resultou no resgate de 1.530 trabalhadores, sendo que 16% dos nomes na lista estão ligados a atividades urbanas.

​O documento é divulgado a cada seis meses pelo MTE, e cada empregador permanece no cadastro por dois anos, com a possibilidade de retirada antecipada se houver a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

Os cidadãos que suspeitem de trabalho análogo à escravidão podem denunciar anonimamente pelo Sistema Ipê, uma plataforma online da Secretaria de Inspeção do Trabalho.

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