O retorno do projeto Febre 90’s, formado pelo beatmaker e produtor paulista Sono TWS e pelo MC carioca Puma PJL, a Belém foi histórico não apenas pela energia nostálgica dos anos 90, mas também pelo espaço aberto para artistas paraenses mostrarem sua potência no palco ao lado de nomes nacionais.

O MC Patifinho descreve a experiência como algo que vai além da música. “Receber esse reconhecimento e mostrar nossa energia foi muito importante”, afirmou. Ele também destacou o impacto de eventos bem estruturados para a cena local: “Ver o público prestando atenção e valorizando nossa arte fortalece e contribui para profissionalizar tudo aquilo que fazemos diariamente”.
O rapper Duende, que organiza a Batalha do Crematório em Belém, também celebrou o momento: “A importância desse evento é fortalecer os artistas locais. O público abraçou e prestou atenção na gente. Ver pessoas que não estão acostumadas a ouvir rap daqui se conectando com nossas músicas não tem preço”.

Além do rap, o evento abriu espaço para o grime, gênero que vem crescendo no Pará. O MC Jovem Kaws, representante da Batalha do Marex, destacou o intercâmbio cultural: “Esse show trouxe um grande retorno para nós. A gente trabalha anos e anos dentro do hip-hop, e poder mostrar o grime nesse espaço é uma vitória imensa”.
Na mesma linha, Netin, também da Batalha do Marex e atuante no grafite, vê o momento como histórico: “É muito importante porque dificilmente acontece um show dessa magnitude abrindo espaço para o grime. Agora está chegando a nossa vez de mostrar esse movimento aqui no estado”.

DJ Solita, uma das representantes da cena eletrônica e do projeto PA-140 GRAUS, ressaltou o impacto da visibilidade: “Foi histórico ver a galera que acompanha as batalhas cantando junto e depois colando no meu set. Levar o grime e o hip-hop do Pará para o mesmo palco que artistas nacionais se apresentaram é muito gratificante”.
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