O ministro do Turismo, Celso Sabino, fez nesta sexta-feira (3) um discurso de despedida em que declarou apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e mandou um recado ao União Brasil, partido que o pressionou a deixar o governo. Ao lado de Lula em agenda oficial em Belém, Sabino disse que nada o afastará do povo do Pará e chamou o petista de “melhor presidente da história”.
“Presidente Lula, o que nós fizemos juntos no Turismo nunca será esquecido. (…) Nada, nenhum partido político, nenhum cargo e nenhuma ambição pessoal vai me afastar desse povo que eu amo e do Estado do Pará. Conte comigo, onde quer que eu esteja, para lhe apoiar, para segurar a sua mão”, afirmou o ministro.
A manifestação ocorre dias após Sabino entregar sua carta de demissão ao presidente, atendendo à pressão do União Brasil, que determinou a saída de filiados com mandato do governo federal. Lula, no entanto, pediu que ele permanecesse até a viagem a Belém, onde cumprem agendas relacionadas às obras da COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas marcada para novembro na capital paraense.
Pressão do União Brasil
No início de setembro, a Federação União Progressista — que reúne PP e União Brasil — deu prazo de 30 dias para que seus ministros deixassem o governo, em movimento para consolidar uma chapa de oposição de centro-direita para a disputa presidencial de 2026.
O ultimato foi encurtado para 24 horas após o presidente do União, Antonio Rueda, relacionar o governo a denúncias sobre suposta ligação com o crime organizado. A decisão atingiu diretamente Celso Sabino e também o ministro do Esporte, André Fufuca (PP), que ainda não indicou se deixará o cargo.
Com a saída de Sabino, Lula deverá indicar um novo nome para o Ministério do Turismo nas próximas semanas, em meio às negociações políticas que envolvem a base aliada e a preparação para a COP30.
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