Cidades do sudoeste do Pará iniciam medidas preventivas contra tragédias ambientais - Estado do Pará Online

Cidades do sudoeste do Pará iniciam medidas preventivas contra tragédias ambientais

Prefeituras buscam apoio do PAC para obras de contenção, mas parte da região segue sem resposta à Defensoria

Reprodução / PRF

A Defensoria Pública da União (DPU) pressiona prefeituras do sudoeste do Pará a adotar medidas contra enchentes, deslizamentos e erosões. Até agora, cinco municípios confirmaram que vão acatar a recomendação, enquanto outros seis ainda não se manifestaram.

Itaituba informou que já executa obras de infraestrutura, como a construção de pontes de concreto. Em Jacareacanga, a gestão inscreveu propostas diretamente no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Novo Progresso também aderiu, mas destacou as dificuldades de orçamento e falta de equipes técnicas.

Aveiro admitiu não ter recursos próprios e solicitou apoio federal para obras de contenção. Já Senador José Porfírio encaminhou a recomendação para análise da assessoria jurídica. O Ministério das Cidades, por sua vez, apresentou os critérios que vão nortear a escolha dos projetos prioritários, com foco em drenagem urbana e redução de riscos.

Apesar dos avanços, Altamira, Anapú, Medicilândia, Rurópolis, Trairão e Vitória do Xingu permanecem em silêncio. Nessas localidades, estudos do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) já identificaram áreas vulneráveis a alagamentos, erosão e deslizamentos.

Segundo a DPU, a recomendação tem caráter preventivo e reforça o direito constitucional à moradia digna. Embora não seja obrigatória, pode ser usada como prova em eventual ação judicial. O prazo dado para manifestação das prefeituras foi de 15 dias.

Em outras cidades da região, medidas já começaram a sair do papel. Paragominas apresentou proposta para obras de macrodrenagem do Rio Uraim, Parauapebas firmou termo de compromisso para contenção de encostas e Redenção vai construir 19 pontes, além de investir em canalização e substituição de bueiros.

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