A escolha da Amazônia para sediar a COP30, em novembro de 2025, coloca o Pará no centro das atenções mundiais sobre clima, bioeconomia e desenvolvimento responsável. Nesse contexto, o Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral) destaca a importância do encontro para mostrar como a mineração responsável pode ser parte da solução diante dos desafios ambientais e sociais.
Segundo o presidente do Simineral, Anderson Baranov, o evento abre uma janela inédita para o setor.
“A COP30 é uma oportunidade única de demonstrar o compromisso da mineração responsável com a agenda climática e fortalecer o diálogo com diferentes atores. gerações”,
Carta Santarém: marco histórico
Durante o III Congresso Técnico do Simineral, realizado em Santarém, foi lançada a Carta Santarém, considerada um marco histórico para a mineração paraense. Construído em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), o documento transforma dados técnicos em ações concretas de governança, preservação ambiental e desenvolvimento social.
Entre os desdobramentos, está a criação de um Banco de Dados Estratégico da Mineração Paraense, que reunirá informações integradas para apoiar políticas públicas, pesquisas e práticas empresariais sustentáveis.
Mineração e transição energética
O Pará tem papel central na oferta de minerais críticos e estratégicos, insumos indispensáveis para baterias, semicondutores, turbinas eólicas e painéis solares.
- Em 2024, o estado respondeu por 41,55% da arrecadação nacional da CFEM (R$ 3,08 bilhões), atrás apenas de Minas Gerais (44,64%, R$ 3,3 bilhões).
- Juntos, os dois estados concentraram mais de 86% da arrecadação do país.
- Parauapebas e Canaã dos Carajás foram responsáveis por quase R$ 2,6 bilhões desse total.
No primeiro semestre de 2025, a arrecadação da CFEM chegou a R$ 3,7 bilhões, alta de 1,4% em relação ao mesmo período de 2024. O Pará manteve destaque com 39,2% do total nacional.
Já o faturamento do setor mineral brasileiro alcançou R$ 139,2 bilhões no período, crescimento de 7,5%. O Pará respondeu por 34,6% desse montante, ficando entre os três estados de maior peso ao lado de Minas Gerais (39,7%) e Bahia (4,8%).
Legado da COP30
O Simineral defende que o evento ajude a consolidar um legado de governança e sustentabilidade para a Amazônia, fundamentado em:
- Transparência e dados estratégicos, como a Carta Santarém;
- Promoção da mineração responsável, com geração de emprego e renda sustentáveis.
Mineração como aliada
A mineração responsável, segundo o Simineral, vai além da geração de riqueza: busca preservar o meio ambiente, valorizar as pessoas e ampliar a competitividade do Brasil no cenário internacional.O legado da COP30 para a Amazônia será construído a partir da união de esforços entre governos, empresas, academia e sociedade civil. A mineração responsável está preparada para ser parte desse movimento histórico, colocando o Pará como referência mundial em desenvolvimento responsável”, reforçou Anderson Baranov.
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