Turismo de Base Comunitária fortalece conservação e gera renda em áreas protegidas do Pará - Estado do Pará Online

Turismo de Base Comunitária fortalece conservação e gera renda em áreas protegidas do Pará

A iniciativa envolve comunidades do interior do Estado, que atuam em parceria com o Ideflor-Bio em áreas de conservação.

No Dia Mundial do Turismo e Dia Nacional do Turismólogo e dos Profissionais do Turismo, celebrado em 27 de setembro, o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio) destacou a importância do Turismo de Base Comunitária (TBC) para a economia sustentável, a preservação ambiental e a valorização das tradições locais.

A iniciativa envolve comunidades do interior do Estado, que atuam em parceria com o Ideflor-Bio em áreas de conservação, oferecendo serviços como transporte fluvial, hospedagem comunitária, alimentação típica, condução de trilhas e produção artesanal.

Geração de renda e valorização cultural

Segundo o analista de Planejamento e Gestão em Turismo do Ideflor-Bio, Deoclécio Júnior, o TBC traz benefícios econômicos e culturais.

“Além do retorno financeiro, há o reconhecimento cultural das práticas cotidianas de ribeirinhos, pescadores e extrativistas, fortalecendo sua identidade e assegurando a permanência digna no território”, explicou.

Sustentabilidade e preservação ambiental

A analista ambiental e turismóloga do órgão, Deiliany Oliveira, reforça que o modelo contribui diretamente para a conservação.

“Como a comunidade depende da preservação para manter a atividade, ela se torna aliada na proteção da biodiversidade. O contato responsável do visitante com o ambiente também gera consciência ambiental e incentiva práticas sustentáveis”, destacou.

Além disso, o Ideflor-Bio realiza a capacitação dos moradores para receber visitantes, com treinamentos em atendimento, gestão, hospitalidade e valorização cultural, o que fortalece a autoestima e amplia oportunidades de renda.

Gestão compartilhada das áreas protegidas

O TBC também fortalece a governança das unidades de conservação estaduais. Para Deoclécio Júnior, a prática aproxima comunidades e gestores, ampliando a legitimidade das políticas de preservação.

“Esse modelo de turismo descentralizado se torna um aliado estratégico na proteção da biodiversidade, conciliando desenvolvimento local com a conservação da floresta amazônica”, concluiu.

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