As doenças cardiovasculares seguem como um dos maiores desafios para a saúde pública e, no Pará, os números confirmam a gravidade do problema. Dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), com base no Sistema de Informações Hospitalares (SIH) do Ministério da Saúde, apontam que somente no primeiro semestre de 2025 foram registradas 1.659 internações por infarto no estado. Ao longo de 2024, esse total chegou a 3.285 hospitalizações.
Os casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) também chamam atenção: de janeiro a junho deste ano foram contabilizadas 4.002 internações, número que representa mais da metade do registrado em todo o ano passado, quando o Pará somou 7.176 hospitalizações por AVC.
Em relação aos óbitos, os dados mais recentes divulgados, referentes a 2023, mostram que o estado contabilizou 3.196 mortes por infarto e outras 1.564 por AVC.
Cenário nacional e mundial
O alerta sobre a gravidade das doenças cardiovasculares não se restringe ao Pará. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2022, 32% das mortes no mundo foram causadas por problemas do coração e da circulação, com destaque para infartos e AVCs. O Brasil acompanha essa tendência: o Ministério da Saúde informa que apenas no primeiro semestre de 2025 foram realizados mais de 93 mil procedimentos hospitalares ligados ao infarto, além de 1,6 milhão de atendimentos ambulatoriais.
Diagnóstico rápido pode salvar vidas
Especialistas reforçam que a identificação precoce do infarto é determinante para evitar mortes. A Organização Nacional de Acreditação (ONA) destaca que hospitais acreditados adotam protocolos que agilizam o atendimento de pacientes com sintomas, como dor no peito. Um dos procedimentos prevê que o eletrocardiograma (ECG) seja feito em até 10 minutos após a chegada ao pronto-socorro.
“Essas medidas salvam vidas, porque reduzem falhas de diagnóstico e permitem que a equipe atue com mais segurança e agilidade”, afirma Gilvane Lolato, gerente de operações da ONA.
O que fazer diante dos sintomas
Profissionais de saúde alertam que sintomas como dor ou pressão no peito, falta de ar, suor excessivo, palpitações e tontura devem ser levados a sério. A recomendação é procurar atendimento imediato em uma unidade hospitalar para aumentar as chances de recuperação.
Leia também:
Deixe um comentário