Remo celebra os 114 anos do dia em que ressurgiu das águas - Estado do Pará Online

Remo celebra os 114 anos do dia em que ressurgiu das águas

Onze remistas impediram o fim do clube em 1911. Eles carregaram barcos, material esportivo e reconstruíram o Leão sob o nome que ecoa até hoje.

Enciclopédia do Leão

Em Belém, o 15 de agosto virou mais que uma data no calendário azulino: é o aniversário do dia em que o Clube do Remo se salvou de desaparecer. Há 114 anos, em 1911, um grupo de torcedores recusou o fim do Leão Azul e decidiu agir.

Na época, o antigo Grupo do Remo vivia praticamente extinto. Equipamentos estavam largados no porto de Miramar, e as atividades haviam parado desde uma crise em 1908. Foi aí que 11 homens lideraram uma reviravolta silenciosa, nos bastidores.

Eles recolheram os barcos e material do clube, transportaram tudo por conta própria até a sede e reorganizaram a agremiação. Essa atitude mudou o rumo da história azulina e deu origem ao nome que o torcedor carrega com orgulho até hoje: Clube do Remo.

Os responsáveis por esse resgate histórico ficaram conhecidos como Cordão dos Onze: Oscar Saltão, Antonico Silva, Geraldo Mota, Jaime Lima, Cândido Jucá, Harley e Nertan Collet, Severino Poggy, Mário Araújo, Palmério Pinto e Elzeman Magalhães.

A partir daquele ato, o clube se reergueu. O remo continuou, mas o futebol começou a surgir com força, transformando o Leão em uma potência esportiva no Norte do Brasil e símbolo de resistência cultural. O presidente azulino, Antônio Carlos Teixeira, relembrou a data com emoção:

“São 114 anos de reorganização do clube. Foi quando surgiu o futebol realmente falando e quando ele se transformou de fato em Clube do Remo, que antes era grupo do Remo. A minha raiz surgiu na fundação do clube. Meu bisavô foi fundador do clube e hoje nós estamos comemorando a reorganização”, destacou.

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