Entre agosto de 2024 e julho de 2025, o Pará bateu um recorde: registrou a menor área de desmatamento da última década, conforme dados do Inpe compilados pela Secretaria de Meio Ambiente (Semas). Foram 1.325 km² de área com alerta, uma queda de 21% na comparação com o período anterior. Se comparado a 2020, a diminuição chega a impressionantes 66%.
Esse desempenho mostra que, mesmo sendo um dos maiores estados da Amazônia Legal, o Pará está conseguindo segurar o avanço da degradação. O estado reduziu a participação nos alertas de 39% para 29% em apenas um ano, enquanto outras unidades da federação viram aumento.
“O Pará está mostrando ao Brasil e ao mundo que é possível aliar desenvolvimento com proteção ambiental. Essa redução histórica no desmatamento é fruto de um esforço coordenado, com presença do Estado no território, fortalecimento da fiscalização e valorização de quem produz com responsabilidade”, afirmou o governador Helder Barbalho.
No último julho, o Pará também atingiu uma marca importante, com apenas 182 km² de alertas, a menor área para esse mês desde 2019. Isso representa uma queda de 80% frente a julho daquele ano, e 36% em relação a julho de 2024.
O secretário Raul Protázio Romão reforça que as estratégias adotadas, como rastreabilidade e incentivos à produção sustentável, têm mostrado resultados consistentes. “Estamos colhendo os frutos de uma atuação estratégica baseada em rastreabilidade, regularização ambiental, comando e controle e incentivo à produção sustentável. O Pará chegará à COP30 com resultados concretos, e isso dá ainda mais força à nossa agenda ambiental e climática”, destacou.
Essa queda nos alertas ocorre em um momento crucial, já que Belém será sede da COP30 em novembro de 2025, atraindo a atenção mundial para a região e seus desafios ambientais.
Mesmo com o avanço do Pará, a Amazônia Legal registrou um aumento geral de 4% no desmatamento, somando 4.495 km², o segundo menor valor dos últimos sete anos.
“Queremos transformar os bons números em melhores condições de vida para as populações da floresta e atrair os recursos necessários para ampliar nosso impacto positivo. A floresta em pé precisa valer mais do que derrubada, e o Pará está provando isso com dados”, concluiu o secretário Raul Protázio Romão.
Dados ainda mostram que, no ciclo Prodes 2024, o Pará registrou 2.395 km² de desmatamento, a menor taxa anual da série histórica recente, com uma queda de 27,4% em relação ao ano anterior.
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