Durante sessão plenária da Câmara Municipal de Manaus (CMM) realizada nesta segunda-feira (4), o vereador Saimon Bessa (União Brasil) propôs que a capital do Amazonas seja considerada sub-sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), prevista para ocorrer entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, em Belém, no Pará.
A sugestão surge em meio a críticas à infraestrutura hoteleira de Belém, que enfrenta dificuldades para absorver a alta demanda gerada pelo evento internacional. Para o parlamentar, é hora de união entre os estados da Amazônia Legal.
Durante sessão plenária da Câmara Municipal de Manaus (CMM) realizada nesta segunda-feira (4), o vereador Saimon Bessa (União Brasil) propôs que a capital do Amazonas seja considerada sub-sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30). pic.twitter.com/kUw9ZNDcyK
— Portal Estado do Pará Online (@Estadopaonline) August 4, 2025
“Nós temos visto nos últimos dias uma certa dificuldade com relação à hotelaria e à questão de estrutura. Belém tem recebido várias críticas quanto a isso. Temos que agir neste momento em união”, afirmou.
Saimon Bessa lembrou que Manaus já foi sub-sede da Copa do Mundo de 2014, possui aeroporto internacional, ampla rede hoteleira e experiência na realização de grandes eventos. Ele afirmou que protocolou um requerimento solicitando oficialmente a inclusão da cidade como sub-sede da COP30 e pediu apoio dos colegas parlamentares.
Apesar da proposta, o vereador também saiu em defesa de Belém: “Pará faz parte da Amazônia e Amazônia Legal é um tema que temos que se unir, não é momento de criticar Belém”, completou.
A fala de Saimon coincide com a repercussão negativa em torno dos preços das hospedagens em Belém. O embaixador André Corrêa do Lago, negociador do Brasil na COP30, revelou que países integrantes da Convenção do Clima chegaram a pedir a mudança do local do evento devido aos preços abusivos das diárias.
“Representantes de regiões pediram para tirar a COP de Belém numa reunião anteontem. Há uma sensação de revolta dos países por essa insensibilidade, sobretudo por parte dos países de menor desenvolvimento”, disse o embaixador.
Segundo ele, enquanto em outras edições os preços dobraram ou triplicaram, em Belém as tarifas teriam sido multiplicadas por até 15 vezes. O governo do Pará tenta negociar com o setor hoteleiro, mas a legislação brasileira impede controle sobre os valores cobrados.
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