Na última semana, a Ciclus Amazônia convidou representantes de veículos de imprensa paraenses para conhecer o Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) da Ciclus Rio, que será modelo para a criação do CTR de Belém.
O Centro de Tratamento que fica em Seropédica (RJ), foi alvo de extensa exploração mineral, mas agora abriga um dos maiores aterros bioenergéticos do mundo e referência na América Latina (LATAM), dando destino adequado a 10 mil toneladas de resíduos recebidos diariamente. O local também contribui com a redução de emissões de gases de efeito estufa e com a geração de energia e água a partir de fontes alternativas.


“A concessão de Belém engloba toda a gestão integrada dos resíduos sólidos urbano, que vai da coleta, passando pela varrição, destinação adequada, implantação de ecopontos e Locais de Entrega Voluntária, recuperação do Aterro do Aurá, inserção sustentável de catadores, implantação de Estação de Transferência de Resíduos (ETR) e construção da nova Central de Tratamento e Valorização Ambiental de Resíduos (CTR). No Rio de Janeiro temos uma parceria com a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (COMLURB) que fazem a parte primária do processo. Já em Belém, atuando em todas as etapas, temos a possibilidade de fazer um trabalho de referência”
Bruno Muehlbauer, Diretor-Presidente de Resíduos da Ciclus Ambiental, ao dizer que o CTR de Belém será um projeto marcante para a história da Ciclus e do Pará
Durante a apresentação das etapas que devem ser cumpridas ao longo dos 30 anos de concessão com o governo local, foram destaque as etapas já cumpridas como a coleta de mais de 700 mil toneladas de resíduos desde o início da concessão, em abril de 2024, e os passos futuros, como a construção da Estação de Transferência de Resíduos (ETR) e da nova Central de Tratamento e Valorização Ambiental de Resíduos (CTR). Ao todo, entre os processo de transformação realizados no CTR que devem chegar a Belém, estão:
- Aproveitamento do biogás gerado pela decomposição dos resíduos para produção de energia limpa, reduzindo emissões de gases de efeito estufa.
- Impermeabilização total das células de aterramento com sistemas de drenagem de chorume, prevenindo contaminação do solo e do lençol freático.
- Captação e tratamento de chorume em estação própria, com reaproveitamento interno de água tratada.
- Sistema de monitoramento contínuo da qualidade do ar, da água e do solo, garantindo o cumprimento das exigências legais e ambientais.
A Ciclus já protocolou o pedido de licenciamento para o encerramento e recuperação ambiental do antigo lixão do Aurá, assim como já solicitou a autorização para implantar uma nova Central de Tratamento e Valorização Ambiental de Resíduos (CTR) no município do Acará.
Muehlbauer cita ainda que a empresa faz uma auditoria independente onde, no primeiro ciclo de aferição, realizado entre outubro de 2024 e abril de 2025, a empresa obteve 100% de conformidade nos 84 critérios de desempenho avaliados. Além disso, um estudo técnico foi conduzido pelo Núcleo de Controle Ambiental da Universidade Federal do Pará (NCA/UFPA) atestando a legalidade, a regularidade contratual e a eficiência operacional da concessão.


As fases futuras prometem vantagens ambientais e econômicas que beneficiam a população aos arredores dos projetos, mas a empresa garante que está seguindo as etapas adequadas para o sucesso do projeto: “Há muitos desafios pela frente, mas os resultados até agora são visíveis e promissores. A regularização da destinação final dos resíduos, a ampliação da coleta seletiva e a implantação da nova Central de Tratamento são passos fundamentais para consolidarmos um sistema ambientalmente responsável e socialmente justo”, diz.
Ele explica que algumas etapas dependem do poder público local e dá como exemplo as instalações dos Ecopontos: “Nós mapeamos e indicamos os locais onde há utilidade, mas quem confirma o local e dá autorizações é a Prefeitura de Belém, que possui seus próprios processos. A mudança já é uma realidade e nos deixa ainda mais animados”, destaca.
Ao todo, a concessão prevê investimentos de, pelo menos, R$900 milhões, mas principalmente, a transformação da realidade local: “Nosso olhar está no presente, mas principalmente no futuro: mais limpo, mais verde e mais digno para todos”, encerra Muehlbauer.
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