A operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), autorizada nesta sexta-feira (18) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, repercutiu fortemente entre parlamentares paraenses. A decisão incluiu o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de publicações em redes sociais e restrições de contato com diplomatas, o que gerou reações opostas entre adversários e aliados políticos de Bolsonaro no Pará.
Pelo lado da oposição ao ex-presidente, a deputada estadual Lívia Duarte (PSOL) ironizou a operação: “SEXTOU COM PF NA CASA DO BOLSONARO”, publicou nas redes sociais. Em seguida, celebrou as medidas determinadas pelo STF: “Ele já está de tornozeleira eletrônica, proibido de postar nas redes e não pode nem chegar perto de diplomata. Tic-tac, tic-tac, tic-tac… #SemAnistia”.
A vereadora de Belém, Vivi Reis (PSOL), também comemorou: “Sextou! Grande dia”.
Em contrapartida, parlamentares bolsonaristas criticaram duramente a ação. O deputado federal Delegado Caveira (PL) classificou a operação como “absurdo total” e compartilhou trecho de uma entrevista em que Bolsonaro se refere à tornozeleira como “suprema humilhação”. “Força, presidente Bolsonaro!”, escreveu Caveira.
Outro nome próximo ao ex-presidente, o deputado federal Éder Mauro (PL), publicou uma imagem de Bolsonaro com um verso do hino nacional: “Verás que um filho teu não foge à luta”. A postagem foi replicada pelo filho do parlamentar, o deputado estadual Rogério Barra (PL), que completou: “Seguimos juntos, Capitão!”.
As manifestações refletem a polarização em torno do ex-presidente, mesmo após o fim de seu mandato, e mostram como a nova fase das investigações tem potencial para influenciar o debate político no estado e no país.
Leia também:
