O Governo do Pará avança no projeto Água para Todos, que leva acesso à água potável à Ilha do Combu, em Belém. A iniciativa utiliza sistemas de captação e tratamento da água da chuva, com foco em atender comunidades tradicionais em situação de vulnerabilidade.
Durante visita técnica realizada na última sexta-feira (11), a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas) firmou parceria com a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), que será responsável por avaliar, mensalmente, a qualidade da água captada.
“Trouxemos hoje, para essa visita, a CPRM, que está entrando no projeto para monitorar a qualidade da água por meio do LAMIN. Essa é mais uma parceria que agrega valor ao programa”, explicou o secretário adjunto Rodolpho Zahluth Bastos. O sistema deve ser inaugurado no segundo semestre.
A estrutura já está em fase final, com bases prontas e calhas sendo instaladas. A proposta é que, a partir da entrega, o monitoramento da água seja feito com laudos técnicos emitidos pelo Laboratório de Análises Minerais da CPRM (LAMIN), garantindo segurança aos moradores.
Para o superintendente da CPRM, Homero de Melo Júnior, a parceria reforça a eficiência e o alcance social do projeto. “O projeto ‘Água para Todos’ é uma iniciativa de grande relevância, pois alia eficiência, sustentabilidade e autonomia para a população local.”
O sistema também beneficia coletivos comunitários como a Associação de Mulheres Extrativistas (AME) e a Ygara Artesanal, que trabalham com turismo de base comunitária e o manejo sustentável de produtos como açaí e andiroba.
Iracema Nascimento, da Ygara, celebrou o avanço da obra. “Fomos contemplados com o filtro de captação da água da chuva. Antes era só uma expectativa, mas agora está se tornando realidade. Estamos ansiosos pela conclusão do sistema.”
A ação está alinhada ao ODS 6 da ONU, que defende o acesso universal à água potável. O uso da chuva como fonte hídrica, com energia limpa e gestão comunitária, é uma solução sustentável que fortalece a justiça hídrica e a bioeconomia local.
O projeto é resultado de uma articulação entre órgãos públicos e parceiros técnicos, como Semas, Prefeitura de Belém, UFPA, Pluvi Soluções Ambientais, New Fortress Energy e Ideflor-Bio
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