Suzano promove inclusão de público LGBTQIAPN+ em ambientes de trabalho - Estado do Pará Online

Suzano promove inclusão de público LGBTQIAPN+ em ambientes de trabalho

Colaboradores atuam voluntariamente fomentando discussões e criando soluções para combater preconceitos e garantir um ambiente de trabalho mais diverso e inclusivo

No som contínuo dos rolos de papel e nas esteiras que não param, histórias de vida também são escritas. Na fábrica da Suzano, localizada no bairro da Sacramenta, em Belém, a empresa busca construir um ambiente de trabalho que seja acolhedor para que todos e todas possam ser quem são, independentemente de gênero ou orientação sexual. No mês do Orgulho LGBTQIAPN+, suas vozes ecoam entre os corredores, lembrando que respeito e diversidade também fazem parte do processo de produção. 

Desde pequena, Roma Bennett Naomi Gonçalves Silva, mulher trans de 33 anos, sempre soube quem era. A transição aconteceu de forma natural, sem conflitos familiares, mas foi em 2021, que ela teve certeza de que era hora de viver sua identidade com plenitude. “Fui acolhida, respeitada e admirada por ser quem sou”, conta. Na Suzano, Roma começou como estagiária no setor de Utilidades, onde liderou um projeto de padronização e rapidamente se destacou. Em apenas quatro meses, foi efetivada como Operadora de Estação de Tratamento de Água e efluente, cargo que ocupa há 1 ano e 5 meses.

Sobre o ambiente de trabalho, ela afirma: “Sempre me senti confortável sendo eu mesma”. As poucas situações de desconforto, como erros de gênero, ela encara como parte de um processo de aprendizado e conscientização.

A mudança não acontece da noite para o dia, mas cada gesto conta. Uma simples conversa no refeitório, o uso correto do nome de um colega, a escuta ativa diante de uma situação de discriminação são atitudes que, segundo os próprios colaboradores, fazem a diferença. 

Aos 25 anos, Lucas Machado Fontenele vive uma nova fase na sua vida profissional e pessoal também. Trainee de Produção há 1 ano e meio, ele está prestes a concluir o programa na Suzano, empresa que, segundo ele, foi a primeira a permitir que ele fosse verdadeiro no ambiente de trabalho. “Nos empregos anteriores, ser gay era algo que eu escondia. Aqui, foi a primeira vez que me senti à vontade para ser quem eu sou”.

Desde o início de sua carreira na companhia, Lucas nunca enfrentou preconceito. Pelo contrário, sentiu acolhimento e respeito, o que impactou diretamente em sua autoestima e desempenho.

Em tempos de polarização e discursos de ódio, a presença e a valorização de pessoas LGBTQIAPN+ em ambientes industriais mostram que o respeito pode e deve fazer parte de qualquer operação. Numa fábrica de papel, onde tudo começa em folhas em branco, histórias como a de Mariana Monteiro e tantas outras mostram que é possível escrever um novo capítulo mais humano e mais justo.

Com 28 anos, ela acaba de assumir um novo desafio ao ser promovida ao cargo de Líder de Operações Logísticas na Suzano, após dois anos e meio de uma trajetória marcada por superação, entrega e crescimento constante. Mulher e bissexual, Mariana se dispõe a ser ponte para diálogos construtivos e vê os reflexos dessa postura na companhia. “A Suzano tem feito esse papel de forma séria, principalmente por meio das lideranças, que puxam esse diálogo com os times. Quando as pessoas se sentem seguras para serem quem são, elas se engajam mais e contribuem de verdade. Diversidade amplia a visão, melhora o clima e fortalece os resultados”, afirma.

A Suzano acredita que diversidade, equidade e inclusão não devem ser discutidas apenas por pessoas de grupos minorizados, mas permear toda a organização. Por isso, evoluiu seus processos de gestão e promoção da diversidade, assumiu compromissos públicos e estabeleceu um modelo de governança em que há o envolvimento desde a diretoria da companhia, passando por uma área dedicada a fazer a gestão do tema junto às diferentes áreas do negócio e localidades da empresa. 

Os colaboradores são mobilizados por meio do Plural, iniciativa que abarca Grupos de Afinidade (GAs), formados por pessoas colaboradoras que atuam voluntariamente, fomentando discussões, identificando problemas e buscando soluções, a fim de combater preconceitos e assegurar um ambiente de trabalho mais diverso e inclusivo. “Na Suzano, a diversidade, equidade e inclusão não são apenas palavras bonitas, elas fazem parte do nosso dia a dia e, para isso, desenvolvemos ações concretas. O Plural é uma iniciativa fundamental para o diálogo e construção coletiva, com rodas de conversa, eventos de letramento sobre identidades de gênero e iniciativas como a instalação de banheiros neutros. Além disso, oferecemos suporte real, como a facilitação da retificação de nome e gênero em documentos e a cobertura parcial de medicamentos hormonais, por meio da nossa Política de Empréstimo Social”, explica Adatiele Souza, Coordenadora de Gente e Gestão da Suzano em Belém.

Mas nada disso faria sentido sem dar voz às pessoas. Compartilhar histórias diversas dentro do ambiente corporativo é fundamental. Dar visibilidade a essas trajetórias não só inspira, como também quebra estigmas, promove empatia, engaja e reforça o compromisso da Suzano com um ambiente verdadeiramente inclusivo.

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