Historiadora usa inteligência artificial para imaginar restauração de prédios históricos de Belém - Estado do Pará Online

Historiadora usa inteligência artificial para imaginar restauração de prédios históricos de Belém

Projeto recria visualmente casarões abandonados e propõe reflexão sobre memória urbana e descaso com o patrimônio histórico municipal

Reprodução / Izabela Nascimento

Casarões históricos abandonados de Belém ganharam nova visibilidade após serem virtualmente restaurados com o uso de inteligência artificial. A iniciativa é da historiadora e comunicadora Izabela Nascimento, de Marituba, que recriou fachadas e detalhes arquitetônicos de prédios como o Palacete Bibi Costa, o Theatro Escola São Cristóvão, a Rua Siqueira Mendes, a Rua Rui Barbosa, o casarão do Boulevard Castilho França e as ruínas da antiga penitenciária da Ilha de Cotijuba.

Com foco na cultura amazônica e formada em história pela UFPA, Izabela publicou as imagens nas redes sociais como uma forma de provocar a imaginação coletiva. “Não é perfeito, mas já dá uma ideia de como esses espaços poderiam estar se fossem restaurados”, explicou. Segundo ela, a proposta não substitui o restauro físico, mas convida a um novo olhar sobre a cidade e sua história esquecida.

A proposta gerou grande repercussão e levou internautas a debaterem o abandono do patrimônio histórico de Belém. “Sempre que passo por Belém, fico imaginando como teriam sido aqueles casarões no auge. Essa vontade de ‘viajar no tempo’ sempre me acompanhou”, contou Izabela em entrevista ao Estado do Pará Online (EPOL).

Em um projeto anterior, no aniversário de emancipação política de Marituba, ela usou IA para animar imagens antigas da cidade e sensibilizar moradores sobre a importância da memória; veja:

Dentre os locais recriados, Izabela destaca também a antiga penitenciária de Cotijuba. “Não é um casarão, mas ali dá pra imaginar uma grande feira, com exposição entre outras coisas”, disse. Para ela, a tecnologia é um meio de reencantar a população com os espaços urbanos e reacender o desejo de preservá-los.

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