Em ação contra trabalho semelhante à escravidão, fazendas são fiscalizadas no sudoeste do Pará - Estado do Pará Online

Em ação contra trabalho semelhante à escravidão, fazendas são fiscalizadas no sudoeste do Pará

Uma das propriedades, localizada em Uruará, apresentava inúmeras irregularidades contra os trabalhadores; empresário tem 30 dias para formalizar vínculo de trabalho dos operários

O Ministério Público do Trabalho (MPT) do Pará e Amapá, em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), concluíram uma operação de fiscalizações em propriedades rurais na região sudoeste do Pará. O objetivo é combater o trabalho semelhante à escravidão.

Os trabalhos se concentraram nos municípios de Altamira, Brasil Novo, Uruará, Anapu e Medicilândia. 

Durante a operação, os agentes não encontraram irregularidades nos demais municípios, mas em uma fazenda de Uruará, uma série de irregularidades foram encontradas. Lá, os trabalhadores não possuíam registro profissional, enfrentavam jornadas exaustivas de trabalho, não tinham direito ao repouso semanal remunerado e não dispunham de equipamentos de segurança e de primeiros socorros. Eles viviam em alojamentos precários em condições sanitárias degradantes.

A mesma propriedade havia sido alvo de denúncia anônima nos anos de 2018 e 2022. O MPT emitiu uma recomendação exigindo que o proprietário regularize e formalize o vínculo trabalhista dos operários, além de promover reformas nos alojamentos. 

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