Faltando exatos 45 dias da realização da COP30 em Belém, uma pesquisa do jornal O Globo revelou que a maioria da população brasileira enxerga a realização da evento como uma oportunidade histórica. Segundo os dados do estudo, 72% dos entrevistados acreditam que a conferência climática vai contribuir para melhorar a imagem do Brasil no exterior, especialmente no que diz respeito ao compromisso com a preservação ambiental e a Amazônia.
O resultado reforça a percepção de que a COP30 vai muito além de um evento diplomático. Para grande parte dos brasileiros, ela representa um marco de credibilidade internacional, além de uma chance de projetar a Amazônia como protagonista nas discussões sobre mudanças climáticas.
Belém no centro do debate climático
A escolha da capital paraense como sede já é considerada um feito inédito: esta será a primeira vez que a Amazônia receberá a conferência da ONU. Com isso, Belém se torna palco de um encontro que deve reunir líderes mundiais, cientistas, representantes da sociedade civil e ativistas ambientais.
O evento coloca o Pará em evidência e amplia o olhar do mundo sobre a região amazônica, onde estão os principais desafios e soluções para o equilíbrio climático global. Para especialistas, essa visibilidade pode trazer benefícios que vão desde o turismo até o aumento de investimentos em infraestrutura sustentável e projetos socioambientais.
Expectativas e desafios
Apesar do entusiasmo, a realização da COP30 traz uma série de desafios logísticos e estruturais. A capital paraense ainda se prepara para receber milhares de visitantes estrangeiros, e a necessidade de melhorias em transporte, mobilidade urbana, saneamento e rede hoteleira está entre os pontos mais citados por autoridades e pela população.
Outro desafio será garantir que os debates travados em Belém resultem em compromissos concretos de preservação, com impactos positivos para os povos da floresta e para as comunidades locais. “Não basta apenas sediar a COP30, é fundamental que os discursos se transformem em ações práticas para a Amazônia”, avaliam organizações da sociedade civil.
O legado da COP30
A pesquisa que mostra o otimismo da população sinaliza também uma cobrança. Se bem organizada, a COP30 pode consolidar a imagem do Brasil como país líder na agenda climática global. Porém, se houver falhas, a repercussão internacional pode ser negativa.
No caso de Belém e do Pará, o legado esperado é duplo: estrutural e simbólico. Estrutural, porque deve deixar melhorias permanentes na infraestrutura urbana; e simbólico, porque projeta a Amazônia não apenas como território de riquezas naturais, mas como centro estratégico das discussões sobre o futuro do planeta.
Com 72% da população acreditando no potencial do evento, cresce a responsabilidade do Brasil em transformar a COP30 em uma experiência que una visibilidade, protagonismo e resultados efetivos na luta contra as mudanças climáticas.
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