2 anos e meio em obras: Governo atrasa a entrega do PSM do Benguí e prejudica 1,5 milhão de pacientes. Previsão era para Janeiro

Novo Pronto Socorro de Belém atenderá 1,5 milhão de usuários, após conclusão e entrega da obra. (Raoni Figueiredo / Agência Pará)
A promessa de entregar o novo Pronto Socorro de Belém, no bairro do Benguí, atrasa desde Janeiro, o atendimento de cerca 1,5 milhão de pacientes, que se espremem nos demais PSMs de Belém. A conclusão e entrega da obra ainda é um mistério. Foto: Alex Ribeiro/Agência Pará)

Um leitor e colaborador eventural do nosso portal não resistiu ao passar em frente às obras do Pronto-socorro do Benguí e parou parar ver como anda o andamento daquela promessa feita pelo governador em sua primeira campanha eleitoral e que conforme se vê na placa (obrigatória), colocada pelo Governo do Pará no canteiro de construção, iniciou em Julho de 2021 e deveria ser entregue em até 18 meses. Ou seja, em Janeiro deste ano.

PSM Benguí
A foto acima foi feita na última quarta-feira, 26. Nela é possível ver que a obra está atrasada e impede o atendminento de quem precisa e não tem leitos nos outros hospitais. Segundo números apresentados pelo governo do Pará, cerca de 1,5 mi pacientes poderiam estar sendo atendidos caso o novo PSM estivesse sido entregue no prazo legal.

Apesar do atraso, a propaganda do governo tem a cara de pau de dizer que as obras estão está em ritmo acelerado.

Imagine quantas vidas poderiam ter sido salvas e pessoas tratadas, se os 120 novos leitos já estivessem em funcionamento no novo Pronto Socorro de Belém, que foi prometido por Helder Barbalho, em sua campanha eleitoral e segue com as obras atrasadas, assim como muitas outras obras tocadas pela SEOP, que quase ninguém tem a iniciativa e coragem de cobrar.

“Estamos com força total para concluirmos a infraestrutura deste grandioso instrumento público que, com toda a certeza, será mais um espaço para a garantia da assistência pública de qualidade e eficiente na capital paraense. Mais uma linha de acesso para a população não só dos bairros do entorno, mas da Região Metropolitana”, disse o secretário de obras, Ruy Cabral, em Junho deste ano.

Clique nas fotos abaixo e veja como está o canteiro de obras do novo PSM:

A Secretaria de Obras que Ruy Cabral é o titular é famosa por “cuidar” de obras que se arrastam e atrasam, sendo que grande parte delas é entregue (inaugurada) sem estarem concluídas ou estão cheias de problemas, como oocorreu na reinaguração do Mangueirão, o que recae automaticamente nas costas do governador, que é o seu chefe e parece ter algo muito forte com ele, para mantê-lo no cargo.

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A construção de um novo PSM de Belém, no bairro do Bengui foi uma das propostas feitas e que teve a ideia “aproveitada”, do então candidato a prefeito de Belém, Carlos Maneschy. O hospital está sendo construído em uma área de cerca de 28 mil metros quadrados, irá dispor de 10 leitos de urgência e emergência e atuará de “portas abertas” para o público, via SUS.

No Pronto-Socorro do Bengui vão ter 120 leitos, sendo 100 operacionais, 10 UTI adulto e 10 UTI infantil. Ele também será um hospital de urgência e emergência. A intenção do Governo do Estado é dar suporte à rede de saúde e desafogar os prontos-socorros da capital. Ele será totalmente descentralizado da região central do município de Belém, afim de facilitar o atendimento da população. Esse equipamento hospitalar vem ao encontro da necessidade do serviço a ser ofertado do pronto atendimento. Inclusive, irá desafogar muito os dois pronto-socorros da capital, atendendo uma demanda grande na região do Benguí, Icoaraci, Pratinha e até mesmo dos municípios vizinhos a Belém.

Arnaldo Dopazo, secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedop).

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