Zequinha Marinho critica veto do Carrefour à carne do Mercosul e defende aprovação de Lei da Reciprocidade Ambiental

O senador Zequinha Marinho (PL-PA) usou suas redes sociais para reforçar a urgência da aprovação da Lei da Reciprocidade Ambiental, projeto de sua autoria que busca equilibrar as condições comerciais entre o Brasil e outros países.

O senador Zequinha Marinho (PL-PA) usou suas redes sociais para reforçar a urgência da aprovação da Lei da Reciprocidade Ambiental, projeto de sua autoria que busca equilibrar as condições comerciais entre o Brasil e outros países. A declaração ocorreu após o Carrefour anunciar que deixará de comercializar carnes provenientes do Mercosul nas lojas da França.

“A rede de supermercados Carrefour afirmou na última quarta-feira (20) que não irá mais comprar carne do Mercosul. Impõe barreiras comerciais que dificultam a comercialização dos produtos brasileiros. Isso é um verdadeiro absurdo. No próximo dia 4 de dezembro, vamos promover a segunda audiência pública do meu projeto que cria a Lei da Reciprocidade Ambiental. Buscamos as condições que nos deem igualdade para negociar com o mundo e garantir a soberania brasileira nessas relações internacionais”, afirmou o senador.

Confira:

Entenda o caso

O CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, anunciou a medida em carta direcionada ao sindicato agrícola francês FNSEA, alegando compromisso com a origem local da carne e restrições relacionadas a normas ambientais. Mais tarde, a rede esclareceu que a decisão afeta apenas suas lojas na França, onde quase 100% da carne já é de produção local, minimizando o impacto sobre as exportações do Mercosul.

A posição gerou reações no Brasil, com críticas de entidades do setor agropecuário e do Ministério da Agricultura, que classificaram o veto como protecionista. “Se não serve para o mercado francês, também não deveria servir para nenhuma outra unidade do Carrefour no mundo”, declararam seis entidades do agronegócio brasileiro em nota conjunta.

Lei da Reciprocidade Ambiental

O projeto de Zequinha Marinho visa criar condições comerciais que garantam igualdade entre os países, evitando que produtos brasileiros enfrentem restrições em mercados internacionais sem que haja contrapartidas equivalentes.

A próxima audiência pública sobre o tema está marcada para o dia 4 de dezembro. O debate deve contar com representantes do setor produtivo e do governo, em meio à crescente tensão comercial envolvendo o Mercosul e a União Europeia.

A iniciativa do senador reflete uma tentativa de fortalecer a posição brasileira no cenário internacional e proteger o agronegócio nacional de ações que, segundo ele, ameaçam a soberania e a competitividade do país.

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