A Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) firmam, na próxima terça-feira (7), a renovação do Termo de Cooperação Técnica entre as instituições.
O acordo marca a inauguração do novo Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) do Ibama, localizado em Benfica, distrito de Benevides (PA). A cerimônia ocorrerá às 10h, na Estrada do Maratá, s/n.
A área onde o CETAS foi instalado pertence à UFRA e foi cedida ao órgão federal. O espaço funcionará como extensão do trabalho já desenvolvido no Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras UFRA), o primeiro do tipo na Região Norte, criado em 2021. Somente em 2025, o Cetras já recebeu 254 animais silvestres encaminhados por órgãos ambientais, vítimas de maus-tratos ou tráfico.

De acordo com a professora Ana Silvia Ribeiro, médica-veterinária e coordenadora do Cetras UFRA, a nova parceria tem como objetivo ampliar a reabilitação e as ações de conservação da fauna no estado. “Com o convênio, o fluxo operacional será aprimorado.
Os animais sairão da fase crítica na UFRA e seguirão para o Cetas do Ibama, que dará continuidade à reabilitação. Assim, conseguimos garantir o destino adequado para espécies que não temos estrutura para reabilitar biologicamente”, explica.
A professora destaca que a UFRA conta com equipe qualificada e realiza atendimentos clínicos e cirúrgicos, mas o novo centro permitirá o treinamento para soltura de grandes felinos, primatas e tamanduás, espécies que exigem recintos maiores. “Enquanto conseguimos reabilitar aves de rapina, como gaviões e corujas, o Ibama poderá receber jaguatiricas e outros animais de maior porte”, complementa.

Além da conservação ambiental, o convênio prevê o fortalecimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão, com a utilização do novo espaço para aulas práticas da graduação e da residência em Medicina Veterinária. A parceria também inclui um calendário de cursos voltados a servidores do Ibama, abordando temas como manejo, nutrição e bem-estar animal.
A iniciativa representa um passo importante para o Pará no cuidado e preservação da fauna silvestre, unindo ciência, educação e meio ambiente em benefício da Amazônia.
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