A delegação paralímpica da Universidade Federal do Pará vive um momento histórico. Após duas semanas de disputas no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, o grupo paraense encerrou a participação no topo do quadro geral da competição universitária, consolidando um crescimento que já vinha sendo observado nos últimos anos.
O bom desempenho confirma o papel estratégico do evento na formação de atletas e no incentivo ao esporte adaptado no Norte do país. Ao longo da competição, estudantes da UFPA entraram em ação no atletismo, em provas de pista e de campo, e também na natação.
Entre os destaques da campanha está Karlos Smith, integrante do programa UFPA Paralímpica. Medalhista de prata nos 100m rasos e no salto em distância, ele reforça que a prática esportiva vai além do resultado final. “A importância do esporte paralímpico é a socialização mesmo. O esporte faz um bem para a nossa saúde física e mental, porque a gente movimenta o nosso corpo e, com isso, a nossa mente também se fortalece. O sentimento dessa competição é de dever cumprido”, afirma o atleta, que é deficiente visual e compete desde a infância.
A equipe contou com dez competidores: Fernanda Jucá Figueira, Jobson Melo, Karlos Smith, Lucas Costa, Lucas Brito, Lucas de Souza, Luis Carlos de Souza, Daniel da Silva, Weslley Monteiro e Edie Silva. Juntos, eles somaram 18 medalhas na edição 2025, desempenho que supera a visibilidade das campanhas anteriores, mesmo após o segundo lugar obtido em 2024.
A participação paraense não se limitou à UFPA. Atletas da UEPA, UFRA, Unama e Faama também marcaram presença, reforçando a representatividade do estado no evento nacional.
Criado em 2019, o programa UFPA Paralímpica se firmou como referência nacional ao integrar ensino, pesquisa e extensão na promoção do paradesporto. O projeto oferece modalidades como atletismo, bocha, canoagem, rúgbi em cadeira de rodas, paraesgrima e tiro com arco.
Para a coordenadora Marília Magno, o avanço só é possível graças a um trabalho contínuo de cooperação. “Nós acreditamos que o paradesporto não pode ter barreiras e precisa de união para se desenvolver, principalmente na nossa região com tantas dificuldades para pessoas com deficiência. Vamos continuar fazendo nosso trabalho integrando pessoas, instituições públicas e privadas que queiram multiplicar nossas ações. Não podemos esquecer que, por ser um projeto vinculado à Universidade, temos ações totalmente integradas entre ensino, pesquisa e extensão, o que também promove um crescimento pautado na ciência e aplicado nas práticas, com todos os envolvidos”, explica.
Interessados em conhecer ou participar das atividades podem acompanhar o perfil do Centro de Referência Paralímpica – Belém/PA, que reúne informações sobre treinamentos, modalidades e ações de inclusão.













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