A Turquia caminha para ser oficialmente confirmada como sede da COP31, prevista para 2026, após um acordo diplomático que encerrou a disputa com a Austrália, iniciada há três anos. As tratativas ocorrem durante a COP30, em Belém, e envolvem a redistribuição das funções estratégicas de condução da próxima conferência do clima.
O entendimento prevê que a Turquia não apenas receba o evento, mas também presida a cúpula, assumindo a condução institucional e política das negociações. A Austrália, por sua vez, ficará responsável pela liderança técnica: coordenará grupos de trabalho, preparará textos preliminares e conduzirá as conversas formais entre os países. O pacote inclui ainda a realização de uma Pré-COP em um país do Pacífico.
Cresce entre delegações a avaliação de que o arranjo representa uma solução equilibrada para um impasse prolongado. O chefe da delegação alemã, Jochen Flasbarth, classificou a proposta como inovadora e disse que ela deve ser aprovada rapidamente pelo grupo responsável pela decisão. Para negociadores, o modelo também sinaliza uma tentativa de ampliar a cooperação em um momento em que as conferências climáticas buscam maior eficácia.
De acordo com fontes envolvidas nas conversas, o texto final ainda está em elaboração e deve ser formalizado nos próximos dias. A expectativa é que a confirmação da Turquia como anfitriã, acompanhada da participação ampliada da Austrália, inaugure um novo formato de organização das futuras conferências do clima.
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