Trio paraense lança EP “Trincando”, que celebra amizade, afeto e sonoridades da Amazônia

O nome do projeto, Trincando, faz referência direta à união do trio — uma “trinca” de afinidades musicais, afetivas e criativas

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O trio paraense formado por Camila Barbalho, Márcio Moreira e Lívia Mendes lança nesta quinta-feira (11), em todas as plataformas digitais, o primeiro EP do grupo, intitulado “Trincando”. Com cinco faixas autorais e produção musical de Luiz Lopes, o trabalho será apresentado ao público em show de estreia na Ná Figueredo, em Belém, às 20h.

Com sonoridade que transita pelas múltiplas possibilidades da música brasileira feita na Amazônia, o EP é resultado de um processo criativo que começou há cinco anos, ainda no período universitário dos artistas. O repertório traduz temas como afeto, amizade, amor, conselhos entre amigas e reflexões sobre o tempo.

“Tem música pra dançar, pra refletir e pra se apaixonar”, destacam os músicos, que também assinam coletivamente a composição das canções.

O nome do projeto, Trincando, faz referência direta à união do trio — uma “trinca” de afinidades musicais, afetivas e criativas. A escolha da formação também dialoga com referências como Tribalistas, Trilogia (grupo paraense), Doces Bárbaros e Novos Baianos, evocando a coletividade como essência do processo musical.

A sororidade entre Camila e Lívia, já explorada em trabalhos anteriores como a faixa “Vibrante”, se alia agora à presença de Márcio, cuja participação propõe um olhar sensível e empático sobre masculinidade em diálogo com as questões femininas abordadas nas letras.

Segundo os artistas, o isolamento imposto pela pandemia em 2020 acabou aproximando o trio por meio de trocas virtuais, o que deu início ao processo de composição do EP.

“Entre conversas e áudios, cinco canções nasceram e decidimos que mereciam um projeto todinho delas. E como a três é bem melhor, escolhemos Trincando para nomear não só nosso grupo, como o EP que vem aí”, explicam.

O lançamento marca não apenas a estreia do trio enquanto grupo musical, mas também o fortalecimento de uma cena artística amazônida que aposta na coletividade e no afeto como linguagem estética e política.