TRE revoga liberdade provisória e Wladimir Costa deve voltar à prisão

O ex-parlamentar foi detido pela Polícia Federal no Aeroporto Internacional de Belém no dia 18 de abril. Ele foi abordado após desembarcar em um voo na capital paraense e encaminhado ao sistema prisional do estado.

O ex-parlamentar poderá voltar para a prisão.
Reprodução/Redes Sociais. Wlad foi preso por cometer supostos crimes políticos contra a deputada federal Renilce Nicodemos.

O ex-deputado Wladimir Costa, conhecido como Wlad, foi preso em 18 de abril ao chegar no Aeroporto de Belém, em um mandado de prisão preventiva cumprido pela Polícia Federal devido a supostos crimes eleitorais. No dia 25 do mesmo mês, porém, ele foi solto por um habeas corpus concedido pelo desembargador José Maria Teixeira do Rosário, do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA).

Na manhã desta terça-feira (14), uma decisão pode fazer com que Wlad retorne para a prisão. Em análise do habeas corpus, o Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) decidiu derrubar a liminar que concedeu liberdade ao ex-deputado.

Com um placar de 4×1, o plenário do Tribunal decidiu revogar o habeas corpus. Com isso, Wlad deve voltar ao Sistema Prisional do Pará e aguardar o julgamento do processo judicial movido pela deputada federal Renilce Nicodemos (MDB) na Justiça Eleitoral.

Durante a análise, o desembargador José Maria Teixeira do Rosário manteve sua posição a favor da liberdade de Wlad, no entanto, o juiz Marcus Alan de Melo Gomes divergiu da tese apresentada para justificativa do habeas corpus.

O magistrado alegou que o ex-deputado possui um mandado de prisão pendente em juízo de 1º grau, o que desqualifica o pedido de soltura concedido anteriormente pelo desembargador a Wladimir Costa. O voto do juiz Marcus Alan foi seguido pelos demais membros da Corte eleitoral.

Prisão

Wladmir Costa foi detido pela Polícia Federal no Aeroporto Internacional de Belém no dia 18 de abril. Ele foi abordado após desembarcar em um voo na capital paraense e encaminhado ao sistema prisional do estado.

Reprodução. O ex-deputado foi preso no dia 18 de abril.

A prisão preventiva, solicitada pela Polícia Federal, foi concedida devido à prática reiterada de crimes eleitorais, incluindo violência política contra a deputada federal Renilce Nicodemos, realizada por meio das redes sociais. Segundo a PF, ele usava suas redes sociais para expor a vida pessoal da vítima, onde transmitia boatos e discursos de ódio para a moça e outros políticos, como o governador do Estado Helder Barbalho (MDB).

Histórico

Não é a primeira vez que o ex-parlamentar é acusado de crimes como calúnia e difamação na internet. Ele já foi condenado outras vezes por ofensas nas redes sociais contra nomes como Glória Pires, Wagner Moura e a cantora  paraense Gaby Amarantos

Conflito com os Barbalhos

Após um período de harmonia com a atual administração estadual do governador Helder Barbalho (MDB), nos últimos meses, o empresário concentrou-se em realizar constantes transmissões ao vivo para abordar o filho de Jader Barbalho, especialmente após o rompimento com o prefeito de Ananindeua, Dr. Daniel (PSB), e o desencadeamento de um verdadeiro conflito entre os dois políticos.