Uma torcedora do Avaí-SC, ainda não identificada, foi filmada proferindo ofensas racistas e xenofóbicas contra torcedores do Clube do Remo durante a partida do último sábado (15), na Ressacada, em Florianópolis. No vídeo, ela faz ataques envolvendo a cor da pele, origem paraense e condição socioeconômica dos torcedores rivais que assistiam à partida. Em um dos momentos, a mulher diz “olha a tua cor”, enquanto aponta para o próprio rosto, comparando. Ao lado dela, um homem não identificado, pede que ela pare.
O vídeo rapidamente viralizou e gerou forte indignação entre torcedores e internautas, que cobram responsabilização da autora das ofensas e medidas efetivas de combate a discriminação nos estádios.
Diante da repercussão, o Avaí-SC publicou uma nota oficial na qual repudia a conduta “racista e xenófoba” da torcedora. O clube informou que iniciou um processo interno para identificar todos os envolvidos e avaliar possíveis medidas disciplinares, incluindo a suspensão imediata do acesso da agressora aos eventos realizados pelo clube. A diretoria destacou ainda que o episódio não condiz com os valores da instituição e que manterá colaboração com autoridades, caso necessário.
O Clube do Remo também se manifestou através de nota repudiando o episódio, que classificou como um caso gravíssimo de xenofobia e injúria racial contra seus torcedores. O clube afirmou que se trata de um ato “repugnante”, que não pode ficar impune, e exigiu que os responsáveis sejam devidamente punidos.
A diretoria reforçou seu compromisso histórico no combate ao racismo e a qualquer forma de intolerância, ressaltando que tais condutas são incompatíveis com os valores do Remo, que se orgulha de representar o Pará e a região Norte. Para o clube, o esporte deve ser espaço de respeito e inclusão, e episódios como esse precisam de resposta firme da sociedade e das instituições competentes.
A ocorrência também pode levar à abertura de investigação por parte das autoridades competentes, já que atos discriminatórios em arenas esportivas são tipificados como crime pela legislação brasileira e podem gerar punição civil e criminal, além de sanções esportivas.
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