A jornada para reconhecer os Teatros da Amazônia, o Teatro da Paz e o Teatro Amazonas, como Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) iniciou uma nova etapa crucial. A abertura do evento aconteceu na manhã desta segunda-feira (26), no Teatro da Paz, marcando o início de um período de intensa preparação e mobilização.
Até quarta-feira (28), técnicos e autoridades dos governos dos estados do Amazonas e Pará, bem como das capitais Belém e Manaus, estarão reunidos para discutir os aspectos fundamentais da elaboração do dossiê de candidatura. O evento é promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A II Oficina de Mobilização e Preparação da Candidatura ao Patrimônio Mundial da Unesco é uma iniciativa destinada a destacar a importância cultural, histórica e arquitetônica dos dois teatros, construídos no século XIX durante o próspero Ciclo da Borracha. A primeira oficina já foi realizada em Manaus.
Leandro Grasso, presidente do Iphan, destacou que o governo Lula está focado na recuperação e valorização das culturas historicamente invisibilizadas no Brasil. “As diretrizes do governo Lula para o Iphan, desde o início do terceiro mandato, foram muito claras e objetivas no sentido de recuperar as culturas invisibilizadas. Isso inclui a priorização do patrimônio cultural de matriz africana, indígena e os territórios da Amazônia”, explicou Grasso.
A busca pelo reconhecimento mundial dos dois teatros centenários simboliza a importância da união dos povos da Amazônia para combater a invisibilização da cultura local, segundo Inês Silveira, presidente da Fundação Cultural do Município de Belém. “O que vamos fazer aqui não é apenas discutir, mas sim interagir para fazer valer nossa voz enquanto nortistas”, afirmou Silveira.
O evento inclui visitas a vários prédios históricos e pontos turísticos ao redor do Teatro da Paz, como o Cine Olympia, Praça das Sereias, Edifício Manoel Pinto, Avenida Nazaré, coretos da Praça da República, o Grande Hotel (Princesa Louçã), Bar do Parque, o corredor de Mangueiras da Avenida Presidente Vargas, o prédio do Núcleo de Arte da Universidade Federal do Pará (Ufpa), e o próprio Teatro da Paz. O objetivo é proporcionar uma compreensão mais profunda do significado cultural dos teatros em seu contexto histórico e geográfico.
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