"Em 15 anos de reportagem, sem dúvidas pra mim isso aqui tem sido um dos cenários mais tristes de noticiar. Não se trata apenas do lixo, o que a gente tá mostrando aqui são crianças que brincam em cima do lixo", desabafou a jornalista Priscilla Amaral, apresentadora da TV Record Belém, que gravou matéria no bairro da Maracangalha, periferia de Belém do Pará, cidade governada por Edmilson Rodrigues (PSOL), eleito em 2020 pela terceira vez como prefeito da capital paraense, com o apoio determinante do governador Helder Barbalho (MDB).

Em poucos dias, durante os eventos preparativos da COP30 que ocorreram em Belém, Edmilson mostrou como a contradição e a mentira fazem parte de seu enredo como político profissional. Seu comportamento revela o quanto está desesperado para obter apoio político e financeiro, já que perdeu o apoio popular que tinha e tentará reconquistar para ser reeleito em 2024.

Atentos ao ativismo climático e na rota contrária ao racismo ambiental, criadores e fazedores de arte e de cultura envolvidos no Fórum Permanente de Políticas Públicas Periféricas Marambaia pro-COP30 querem pautar a agenda das comunidades que estão à margem dos processos de articulação dialógica propositiva, neste momento em que o planeta reflete as ameaças climáticas globais e os diversos poderes e potências da Amazônia.

Participantes do "Diálogos da Amazônia deixou a platéia surpresa com os números apresentados sobre o Mapa da Fome no Brasil, onde o Pará aparece como o estado com mais pessoas passando fome no país. O Mapa da Exclusão Social do Pará de 2022 revelou que 41,90% da população paraense vive na pobreza.

Comunidades extrativistas cobram que os governantes avancem para além dos discursos, na preservação ambiental, na defesa dos direitos territoriais das comunidades tradicionais da região costeira amazônica do Brasil e as coloquem na prática, através de decretos e ações que mostrem que realmente estão preocupados com o meio ambiente e os povos da Amazônia.

Em uma crítica ácida, o militante argumentou que os países que virão para os eventos no âmbito da COP30 precisam enviar bilhões e até trilhões para que os povos da Amazônia tenham políticas públicas, em diversas áreas, para manter a floresta em pé e assim haja a preservação do meio ambiente.

Em mais um artigo certeiro sobre as mazelas vivenciadas pelo povo paraense, o premiado jornalista Lúcio Flávio Pinto revela a contradição entre o discurso e a propaganda ambientalista do governador Helder Barbalho, que em seu governo passa a mão na cabeça de devastadores do meio ambiente e perdoa infrações e multas de grandes empresas, inimigas da preservação ambiental, um dos temas centrais da próxima COP30 em Belém.