A participação popular e o controle social, exaustivamente cobrados nos palanques do PT e demais partidos de esquerda, na prática foram definitivamente abandonados. Reflexo dessa realidade inegável é que nenhuma entidade popular ou representante dos movimentos sociais esteve sequer como convidada para a mesa de abertura da reunião do Conselho Deliberativo (CONDEL) da SUDAM – Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia.
Tendo a frente o ex-senador Paulo Rocha (PT), a SUDAM realiza nesta sexta, 14, a primeira reunião do CONDEL, depois de três anos sem debate presencial, reunindo os governadores dos nove estados da Amazônia Legal, representantes da Indústria, Comércio, Agricultura, das prefeituras e do Banco da Amazônia. Entre os presentes na mesa de abertura da reunião, a vice-governadora Hana Sampaio Ghassan, o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL) e Waldez Góes, titular do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, no qual a SUDAM está hierarquicamente submetida.
Apesar de servir como espaço de discussão e tomada de decisão sobre o direcionamento de recursos financeiros para o desenvolvimento da Amazônia, nenhum representante de comunidades ribeirinhas, quilombolas ou indígenas participa da reunião, que define onde serão aplicados bilhões de reais pelos próximos anos.
“Cercada por escândalos de corrupção envolvendo cifras bilionárias, abrigando indicações políticas e servindo à interesses de grandes empresários, por décadas, a eficiência da SUDAM em gerar desenvolvimento, emprego e renda passa a ser questionada por senador petista, que nas últimas décadas manteve diversas pessoas em cargos de direção do órgão”, escreveu Diógenes Brandão aqui neste site, no início deste mês.
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