STF marca data para decidir se Eduardo Bolsonaro vira réu por coação no curso do processo - Estado do Pará Online

STF marca data para decidir se Eduardo Bolsonaro vira réu por coação no curso do processo

Primeira Turma analisa denúncia da PGR sobre suposta interferência do deputado no exterior.

​A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tem uma data marcada para começar a analisar o futuro judicial do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL). O julgamento está previsto para o dia 14 de novembro, onde será decidido se a denúncia apresentada contra ele será aceita pela Corte.

​Nesta fase preliminar, os ministros irão deliberar sobre a existência de elementos suficientes que justifiquem a instauração de uma ação penal contra o parlamentar. Se a denúncia for acatada, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro passará à condição de réu em um processo formal no Supremo Tribunal Federal.

​O procedimento de julgamento acontecerá por meio do Plenário Virtual do STF, um sistema eletrônico que permite aos ministros depositarem seus votos sem a necessidade de uma reunião presencial. Este caso decorre da acusação de que Eduardo Bolsonaro teria atuado no exterior com o objetivo de influenciar o julgamento de seu pai, o ex-presidente.

​Desde fevereiro, o deputado permanece nos Estados Unidos, país para onde viajou e de onde tem feito declarações em redes sociais sobre suas ações junto a autoridades americanas. Ele chegou a solicitar uma licença de seu mandato no Congresso em março, mas não retornou ao país após o término do período de afastamento, em julho.

​A Procuradoria-Geral da República (PGR) formalizou a denúncia contra Eduardo Bolsonaro e o blogueiro Pedro Figueiredo em setembro, tipificando o crime como coação no curso do processo. O Ministério Público alega que o deputado tentou, junto ao governo de Donald Trump, articular sanções e tarifas contra o Brasil e autoridades do Judiciário, visando retaliação ao processo da suposta trama golpista.

​Devido à ausência e falta de manifestação do parlamentar sobre as acusações, o ministro Alexandre de Moraes precisou intimar a Defensoria Pública da União (DPU) para que esta apresentasse a defesa prévia em seu nome. Caso a denúncia seja rejeitada pelo Supremo, o processo será arquivado, mas, se aceita, será aberta a fase de instrução processual para coleta de provas e depoimentos.

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