O Supremo Tribunal Federal marcou para 24 de fevereiro de 2026 o início do julgamento dos acusados pelo homicídio da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorridos em março de 2018 no centro do Rio de Janeiro. A definição foi tomada pelo ministro Flávio Dino, presidente da Primeira Turma.
Diante da complexidade do processo, o STF reservou três sessões para tratar do caso. A primeira está prevista para as 9h do dia 24, seguida pela sessão ordinária agendada para o mesmo dia, das 14h às 18h. Uma terceira data, em 25 de fevereiro, às 9h, foi marcada caso a análise não seja concluída. As agendas foram definidas após o relator Alexandre de Moraes liberar o processo para julgamento, que acabou transferido para o próximo ano por causa do recesso do Tribunal.
Entre os réus estão o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro Domingos Brazão, o ex-deputado federal Chiquinho Brazão, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa, o major da Polícia Militar Ronald Alves de Paula e o ex-PM Robson Calixto. Todos respondem presos preventivamente e são apontados por diferentes etapas da preparação e execução do crime, conforme delação do ex-policial Ronnie Lessa, que confessou ter efetuado os disparos.
Investigadores da Polícia Federal atribuíram motivação política ao assassinato, relacionando-o à oposição de Marielle Franco aos interesses do grupo liderado pelos irmãos Brazão, ligado a disputas fundiárias em áreas dominadas por milícias. Apesar das acusações, todos os réus negaram participação nas mortes durante seus depoimentos.
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