Senadora pelo Podemos do Mato Grosso do Sul, Soraya Thronicke reforçou nesta semana o rompimento da aliança com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista à BBC News, a parlamentar foi direta ao classificar o bolsonarismo como uma “seita”.
Eu não apoio ninguém que seja candidato da ‘seita’, que é muito bolsonarista. Eu não considero o Bolsonaro de direita. Eu fui vítima do gabinete do ódio. Eu já era antes de romper (a aliança com ele). Por isso chamo de ‘seita’, você tem que seguir o líder e não pensar. Você não pode dar opinião, tem que idolatrar a liderança. Você entra numa situação em que você permite ser machucado, maltratado, perder familiares, da sua liberdade e continuar idolatrando”, disse.
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Soraya Thronicke ganhou força na política durante as manifestações de 2015, quando Dilma Rousseff (PT) era presidente do Brasil. Na época, ela fez parte do movimento pró-impeachment da então presidente da República e defendeu o discurso anti-corrupção.
A entrada, de fato, na política aconteceu em 2017 com a filiação ao Partido Novo. No ano seguinte, ela migrou para o PL, partido de Jair Bolsonaro, e foi candidata ao senado pelo Mato Grosso do Sul com a alcunha “a senadora do Bolsonaro”.
Posteriormente, Soraya foi eleita com 16% dos votos no Mato Grosso do Sul e garantiu uma vaga no senador em 2018. No entanto, nos dois anos seguintes a relação com o então presidente da República, Jair Bolsonaro, estremeceu e Soraya rompeu a aliança política.
Em 2022, ela foi candidata à presidência e concorreu de forma direta com Bolsonaro. Nos debates, Soraya ficou marcada pelo tom incisivo nas críticas ao então presidente do Brasil. Com apenas 0,5% dos votos válidos, Soraya ficou em quinto naquela eleição.
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