Preso no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, no Paraguai, o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques tentou embarcar para El Salvador usando um documento de identidade e um passaporte em nome de “Julio Eduardo”. A tentativa foi frustrada durante a fiscalização migratória, quando agentes identificaram inconsistências nos dados apresentados.
Durante a checagem, as autoridades paraguaias constataram que a numeração e as impressões digitais dos documentos não correspondiam ao passageiro. Após a abordagem, Silvinei admitiu que os documentos apresentados não lhe pertenciam, segundo informações divulgadas pelo portal g1.
A prisão ocorreu após o ex-diretor da PRF romper a tornozeleira eletrônica que utilizava no Brasil, onde cumpria prisão domiciliar por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Silvinei deixou Santa Catarina sem autorização judicial e cruzou a fronteira em direção ao Paraguai, o que levou as autoridades brasileiras a alertarem países vizinhos sobre a fuga.
Condenado pelo STF a 24 anos e seis meses de prisão por participação na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, Silvinei teve a prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes após a confirmação da fuga. A expectativa é que ele seja expulso do Paraguai nos próximos dias e entregue às autoridades brasileiras pela Ponte da Amizade, entre Ciudad del Este e Foz do Iguaçu.
Aposentado da Polícia Rodoviária Federal desde dezembro de 2022, Silvinei Vasques recebe remuneração mensal conforme registros do Portal da Transparência, enquanto aguarda os desdobramentos judiciais decorrentes da nova prisão.
Leia também: