Em alusão ao Dia Internacional de Conscientização sobre Acidentes Ofídicos, celebrado nesta sexta-feira (19), a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) reforça a importância da prevenção e do atendimento rápido em casos de mordidas de serpentes.
Os sintomas de uma picada podem variar conforme o tipo de serpente, mas geralmente incluem dor intensa, inchaço, manchas arroxeadas, sangramentos e, em casos mais graves, bolhas. Sintomas sistêmicos como náuseas, vômitos, sudorese excessiva, dor de cabeça e mal-estar também podem ocorrer, e, em situações críticas, o acidente pode causar dificuldades respiratórias e choque.
A coordenadora estadual de Zoonoses, Elke Abreu, enfatiza que a prevenção envolve cuidados pessoais e ambientais. Entre as recomendações estão o uso de calçados fechados, luvas e perneiras durante atividades rurais ou de jardinagem, além de inspeção cuidadosa de roupas, calçados e roupas de cama antes do uso.
No âmbito ambiental, a Sespa orienta manter os arredores das residências limpos e organizados, evitar entulhos e acúmulo de materiais de construção, cortar a grama regularmente e limpar terrenos baldios, especialmente próximos a cercas e muros. Também é recomendado afastar camas das paredes, vedar frestas e usar telas em portas, janelas e ralos.
Entre janeiro e agosto de 2025, o Pará registrou 3.012 acidentes envolvendo serpentes, segundo a Sespa. Em caso de mordida, o órgão recomenda lavar imediatamente o ferimento com água e sabão e buscar atendimento médico sem tentar tratamentos caseiros. Sempre que possível, identificar a serpente ajuda no diagnóstico e na aplicação do soro antiofídico adequado.
As serpentes mais comuns no estado são jararacas, cascavéis e cobras-corais, sendo as jararacas responsáveis por mais de 90% dos acidentes. A Sespa alerta que não se deve tentar capturar ou matar o animal, e sim acionar profissionais especializados.
“Embora desempenhem papel ecológico importante, os acidentes ofídicos representam risco significativo, sobretudo em áreas rurais e periféricas, onde o desmatamento e a urbanização forçam esses animais a se aproximarem das residências”, destaca Elke Abreu.
As principais unidades de atendimento no estado incluem Prontos Socorros, Hospitais Regionais, Hospitais Municipais e algumas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
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