Servidores públicos de Belém decidem fazer greve geral a partir da próxima terça-feira (26)

Entre as reivindicações estão o pagamento de um salário mínimo como vencimento base, visto que atualmente os servidores recebem R$ 1007,00; o cumprimento do piso salarial nacional dos professores e da enfermagem, conforme determinado pela legislação federal, além do aumento no vale alimentação.

Servidores públicos na frente do Theatro da Paz
Divulgação. Servidores em ato na frente do Theatro da Paz, em Belém.

Os servidores municipais de Belém deliberaram iniciar uma greve geral da categoria a partir da próxima terça-feira (26). O movimento tem como principal objetivo exigir do prefeito Edmilson Rodrigues uma série de demandas que visam melhorias nas condições salariais e de trabalho. A decisão foi tomada nesta terça (20).

Entre as reivindicações estão o pagamento de um salário mínimo como vencimento base, visto que atualmente os servidores recebem R$ 1007,00; o cumprimento do piso salarial nacional dos professores e da enfermagem, conforme determinado pela legislação federal; e o aumento do vale alimentação dos atuais R$ 370,00 para R$ 600,00, valor que corresponde ao mínimo estimado para uma cesta básica pelo DIEESE.

A decisão pela greve foi motivada pela insatisfação com a proposta da prefeitura, que ofereceu um reajuste de apenas R$ 37,00, considerado pelos servidores como insuficiente diante das dificuldades enfrentadas nos últimos quatro anos de arrocho salarial. Segundo a Professora Silvia Letícia, coordenadora geral do Sintepp Belém e vereadora pelo PSOL, partido do prefeito, a situação das escolas encontra-se precária, faltam insumos nos prontos-socorros e unidades básicas de saúde, o que justifica a mobilização da categoria.

“Nossa categoria do funcionalismo municipal está 4 anos passando por um brutal arrocho salarial. E a proposta da prefeitura de R$ 37 reais de reajuste é uma afronta, compra somente 1 cuba de 30 ovos, ou seja, nosso reajuste será de 1 ovo por dia. Sequer propuseram reajuste no vale alimentação, a situação das escolas está precária, falta insumos nos pronto socorros e unidades básicas de saúde, por isso o funcionalismo votou por fazer greve”, afirmou a Professora.

A greve envolverá cerca de 25 mil servidores lotados em diversos órgãos municipais, incluindo SEMEC (Educação), SESMA (Saúde), SEMAD (Administração), SEMMA (Meio Ambiente), FUNBOSQUE, SECON (Economia), Agentes Comunitários de Saúde (ACS), Agentes de Combate às Endemias (ACE), Guarda Municipal, SEMOB (Mobilidade Urbana), Prontos Socorros do Guamá e da 14 de Março, Unidades de Pronto Atendimento (UPAS), SESAN (Saneamento) e FUNPAPA (Assistência Social).