O governo federal oficializou o novo valor do salário mínimo para 2026, que será de R$ 1.621 a partir de 1º de janeiro. O reajuste foi fixado por decreto assinado pelo presidente Lula (PT) e publicado no Diário Oficial da União nesta terça-feira (24), estabelecendo aumento de R$ 103 em relação ao piso atual de R$ 1.518.
Atualmente, o reajuste representa uma alta de cerca de 6,8% e segue as diretrizes da Política de Valorização do Salário Mínimo, retomada em 2023. A regra considera a inflação acumulada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 12 meses, estimada em 4,1%, somada ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores, calculado em 3,4%, com limite de ganho real imposto pelo arcabouço fiscal.
Além de impactar diretamente trabalhadores formais, o novo piso nacional influencia benefícios atrelados ao salário mínimo, como aposentadorias do INSS, Benefício de Prestação Continuada (BPC), abono salarial e seguro-desemprego. Com o valor de R$ 1.621, o acréscimo anual para quem recebe o mínimo chega a R$ 1.236, considerando os 13 pagamentos.
Desde 2022, o salário mínimo vem sendo reajustado anualmente com ganhos reais. O valor saiu de R$ 1.212 naquele ano, passou para R$ 1.320 em 2023, avançou para R$ 1.412 em 2024 e chegou a R$ 1.518 em 2025, até alcançar o novo patamar definido para 2026.
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), cerca de 62 milhões de brasileiros recebem rendimentos vinculados ao salário mínimo. A entidade estima que o reajuste deverá gerar um incremento de R$ 81,7 bilhões na economia, embora destaque que, para atender plenamente às necessidades básicas de uma família de quatro pessoas, o salário mínimo ideal deveria ser de R$ 7.067,18, valor calculado em novembro de 2025.
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