Uma reunião realizada na terça-feira (25), no Palácio Antônio Lemos, discutiu o andamento das obras de restauração do Cine Olympia, uma das mais antigas salas de cinema do Brasil. Participaram do encontro o prefeito de Belém, Igor Normando, o presidente do Instituto Pedra, Luis Fernando de Almeida, e a arquiteta responsável pelo projeto, Ana Elizabeth Almeida.
As obras, iniciadas em março de 2023, não apenas restauram a arquitetura do prédio, mas também modernizam suas instalações para atender a padrões de acessibilidade e tecnologia. O projeto, aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), foi inicialmente orçado em R$ 8 milhões, mas ajustes elevaram o valor para cerca de R$ 11 milhões.
Durante a restauração, foram descobertos novos elementos arquitetônicos, como arcos não previstos no projeto original. Além disso, a necessidade de melhorias acústicas e estruturais exigiu readequações no cronograma. “Essas mudanças impactaram o prazo, mas são essenciais para garantir que o espaço seja plenamente funcional e adequado às exigências modernas”, explicou a arquiteta Ana Elizabeth Almeida.
O prefeito Igor Normando ressaltou a importância da restauração para a cidade. “Este é um patrimônio histórico que representa não apenas a memória de Belém, mas também parte da história do Brasil no campo da cinematografia. Estamos empenhados em apoiar este projeto, que não só resgata um espaço importante, mas também contribui com uma programação cultural vibrante para a população”.
A reforma inclui modernização tecnológica, melhorias no sistema de projeção e acessibilidade, além de um projeto cultural associado, que prevê ações educativas e visitas monitoradas. A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Prefeitura de Belém, a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (SEMCULT) e os Institutos Pedra e Vale.
Inaugurado em 24 de abril de 1912, o Cine Olympia marcou a era de ouro do cinema em Belém, refletindo o auge econômico da cidade durante o ciclo da borracha. Com a conclusão das obras prevista para 2025, a expectativa é que o espaço retome seu papel como referência cultural no estado.
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