O Restaurante Popular Desembargador Paulo Frota, localizado na travessa Aristides Lobo, no bairro da Campina, em Belém, permanece fechado há quase uma semana, deixando de oferecer cerca de 1.200 refeições diárias a preços acessíveis para a população.
De acordo com a gestão atual da Prefeitura, o contrato com a empresa Corrêa & Reis Ltda, responsável pela produção das refeições no local, terminou em 31 de janeiro e a renovação não foi prevista pela administração anterior, o que ocasionou a paralisação dos serviços. A Prefeitura, no entanto, informou que o atendimento será retomado em breve, com melhorias na qualidade, higiene e ampliação dos serviços, embora ainda não haja uma data definida para a normalização das atividades.
O restaurante, que atendia à população de situação de vulnerabilidade com refeições subsidiadas, oferecia diariamente cerca de 1.200 refeições ao preço de R$ 2,00 por unidade, um valor acessível para muitos cidadãos. A interrupção do serviço tem impactado diretamente os frequentadores, que dependem da oferta de alimentos a preços populares.
Críticas da gestão anterior
A gestão anterior da Prefeitura de Belém criticou a suspensão das atividades e a justificativa dada pela nova administração. Segundo o ex-prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL), a atual gestão fechou o Restaurante Popular e deixou milhares de pessoas sem alimentação. Ele argumentou que o contrato com a empresa que preparava as refeições venceu em 31 de janeiro, já sob o novo mandato, e que seria simples realizar um aditamento do contrato enquanto uma nova licitação fosse realizada.
Além disso, a gestão anterior contestou a afirmação da atual administração de que não há recursos para a continuidade do serviço. O ex-gestor destacou que o Fundo Ver-o-Sol, que possui orçamento de R$ 13 milhões para 2025, poderia ser utilizado, além de lembrar que a Câmara Municipal autorizou o remanejamento de R$ 2,8 bilhões do orçamento para outras áreas. Ele também explicou que, no contrato anterior, cada refeição custava R$ 11,30, sendo que a Prefeitura subsidiava R$ 9,30 por refeição, permitindo que a população pagasse apenas R$ 2,00.
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