Segundo informações do blog da jornalista Dedé Mesquita, o repórter Wellington Júnior da RBA TV, recebeu voz de prisão na última sexta-feira (13) enquanto trabalhava em um link ao vivo na Seccional de São Brás, cobrindo a prisão de suspeitos de assaltos no Portal da Amazônia, quando a participação foi interrompida pela delegada de plantão, dizendo para a equipe desligar os equipamentos e fazendo ameaças.
Fora do ar, ela deu a voz de prisão ao repórter por suposta desobediência, mantendo-o por quase duas horas nessa situação. Os colegas de Wellington reclamam sobre a falta de apoio da direção do grupo RBA ao repórter, informou Dedé Mesquita.
Segundo eles, a empresa não deu a devida assistência e nem o jurídico da emissora se deslocou até a seccional para prestar apoio ou defender o repórter, sendo necessário que um advogado, amigo dos jornalistas da RBA, se deslocasse até o local para as devidas providências. Ainda assim, caso esclarecido, Wellington vai responder a um Termo Circunstanciado de Ocorrência [TCO] e só depois de tudo isso é que o jurídico da RBA assume o caso.
Vale ressaltar que a RBA TV faz parte do grupo que pertence a Família Barbalho e até o fim de 2022 era comandado diretamente pelo hoje ministro das cidades Jader Filho.
O Sindicato de Jornalistas do Estado do Pará (Sinjor/PA) divulgou a seguinte nota:
“O Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (SINJOR-PA) informa que soube da ocorrência envolvendo o repórter Wellington Jr e o repórter cinematográfico Reginaldo Rodrigues, na última sexta-feira (13), a entidade entrou imediatamente em contato com o colega por telefone, se dispôs a prestar assessoria jurídica e apoio no que fosse necessário. Na ocasião, Wellington Jr. informou que já estava sendo assessorado juridicamente pela TV RBA e agradeceu o apoio.
O SINJOR-PA enviará um ofício à empresa solicitando mais informações sobre o caso para acompanhar o andamento do processo e continuará a disposição dos trabalhadores. Da mesma forma, a entidade irá encaminhar ofício à Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup), solicitando explicações, a devida averiguação do fato e a consequente responsabilização da delegada responsável pelo cerceamento do trabalho jornalístico e da liberdade de imprensa”.
A equipe do Portal Estado do Pará Online entrou em contato com a RBA TV, mas até o presente momento não obteve resposta.
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