O Remo é o grande campeão paraense de 2025! Após perder no tempo normal por 1 a 0 para o Paysandu e ver o jogo empatar em 3 a 3 no agregado, o Leão Azul levou a melhor nos pênaltis pelo placar de 6 a 5, nas alternadas.
Com o resultado, o Leão Azul chega ao 48° Parazão da história e se aproxima do Paysandu, que tem 50. Os remistas voltam a conquistar um título após três anos de jejum.
O JOGO:
O primeiro tempo foi equilibrado. O Remo tentava ditar o ritmo de jogo, trocar passes, abrir espaços, enquanto o Paysandu chegava muito pela direita com Edilson, o jogador mais acionado do Lobo. Logo aos 10 minutos, Matheus Vargas acertou um lindo chute de fora da área e, assim como no jogo de ida, Marcelo Rangel fez uma grande defesa.
O Papão, vendo Nicolas e Jorge Benítez na área, passou a tentar em bolas aéreas. O argentino por pouco não marcou em um voleio após a bola sobrar na área. Ele teve outra grande chance, mas foi travado na hora H.
Enquanto o Remo tinha as melhores chegadas com Janderson, porém o atacante sentiu uma lesão muscular e precisou deixar o campo aos 37 minutos do primeiro tempo para a entrada de Kadu.
Na reta final da primeira etapa, Matheus Nogueira fez um milagre e depois uma boa defesa em duas chegadas remistas com Pedro Rocha.
Para a segunda etapa, PK entrou na equipe bicolor no lugar de Reverson, enquanto no Remo o zagueiro Alvarinho no lugar do lateral-esquerdo Sávio. Com isso, o defensor argentino foi para a lateral-direita e Marcelinho fez a esquerda.
No primeiro lance, Pedro Rocha recebeu livre, os jogadores do Paysandu pediram impedimento, o bandeirinha não deu, mas Matheus Nogueira abafou.
Precisando do resultado, o Paysandu começou a se expor mais, dando espaços ao Remo. Aos 6 minutos, Vizeu recebeu lançamento, invadiu sozinho, tentou de cobertura e parou em Matheus Nogueira. No lance seguinte, o Paysandu pediu pênalti após bola bater em Klaus.
Após dois minutos de análise, o árbitro Rodrigo José Pereira (FIFA/PE) foi até o monitor do VAR e, após mais três minutos de verificação, marcou pênalti para o Papão, levando a Fiel à loucura no Mangueirão. Rossi foi para a cobrança e abriu o placar para o Papão!
O Remo tentou sair jogando rápido, os jogadores do Paysandu não deixaram – pois a comemoração ainda tava rolando – e uma mini confusão começou em campo. Mas a arbitragem controlou rapidamente com amarelos para Quintana e Reynaldo e a bola voltou a rolar aos 15 minutos.
Daniel Paulista colocou Dodô e Adailton, mandando o Remo para cima em busca do empate. Já Luizinho Lopes, pelo Paysandu, chamou Dudu Vieira e Bryan Borges para oxigenar a equipe e buscar o gol do título.
Com o tempo passando, o cansaço ia batendo, mas as equipes iam se superando na vontade. As torcidas, apreensivas, acompanhavam atentas cada lance. Uma hora vinha um canto tímido, em seguida o silêncio e gritos de “uhuuul” ou “tira essa bola daí”.
O Remo passou a buscar mais o ataque, já o Paysandu tentava contra-golpes, mas errava nas conclusões das jogadas. Aos 37 minutos, Bryan Borges perdeu a bola no meio, Adaílton recebeu e arrancou. Sem espaço, cruzou e a bola bateu no braço do próprio Bryan Borges. Pênalti para o Remo!
Adailton foi para a cobrança e parou em Matheus Nogueira, calando a torcida azulina e incendiando a Fiel Bicolor. A arbitragem deu 5 minutos de acréscimos e, embalado pela Fiel que cantava “Vai pra cima deles, Lobo”, o Paysandu foi para cima do Remo no abafa final. No entanto, ninguém mais balançou as redes.
