O argentino Jorge Mário Bergoglio foi o primeiro sul-americano a comandar a Igreja Católica. E além do legado humano que deixou, ele tinha uma paixão ímpar pelo futebol. Torcedor do San Lorenzo, tradicional clube de Buenos Aires, Papa Francisco, morto nesta segunda-feira, 21, aos 88 anos, foi presentado com camisas de Remo e Paysandu no Vaticano, em Roma, no início desta década.
Em 2013, quando eleito Papa, a imprensa argentina destacou que o ex-arcebispo de Buenos Aires era torcedor de carteirinha do San Lorenzo, sendo sócio do clube de Almagro. Ele, inclusive, foi o responsável por celebrar a missa em ação de graças pelo centenário do clube em 2008.
Francisco acabou virando uma espécie de amuleto do torcedor do San Lorenzo na campanha do título do Torneio Apertura em 2013, quando foi encerrado um jejum de sete anos sem conquistas nacionais do clube.
Desde então, ele passou a ser lembrado pelos torcedores com homenagens, em forma de bandeiras, nos jogos do San Lorenzo e da Seleção Argentina. Inclusive, foi no papado de Francisco que a seleção nacional voltou a conquistar títulos – algo que não acontecia há quase 30 anos -, com um bicampeonato de Copa América, a inédita Finalíssima, vencendo a Itália na disputa entre os campeões da Euro e Copa América, e a Copa do Mundo de 2022, encerrando um jejum de 38 anos sem levantar um mundial.
Em 2019, durante uma visita a Itália, o atual Governador do Pará, Helder Barbalho, esteve no Vaticano e presenteou o Papa Francisco com uma camisa do Remo. Na ocasião, a Primeira-dama do Estado, Daniela Barbalho, também entregou ao líder da Igreja Católica uma camisa do Paysandu.
Entre outros aspectos ligado ao esporte, Papa Francisco surpreendeu o mundo ao responder um questionamento, durante entrevista à RAI – emissora italiana – sobre quem seria melhor: Maradona ou Messi. A resposta: Pelé!
Eu coloco um terceiro: Pelé. São os três que eu segui. Maradona, como jogador foi um grande, um grande. Mas, como homem, falhou. Messi é corretíssimo. É corretíssimo. É um senhor. Mas, para mim, desses três, o grande senhor é Pelé. Um homem de um coração… Eu falei com Pelé uma vez. O encontro em um voo, quando ia a Buenos Aires. Conversamos. É um homem de uma humanidade muito grande, mas os três são grandes”, disse o Papa em 2023.
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