Região Metropolitana de Belém registra 694 tiroteios em 2024, aponta Instituto Fogo Cruzado

Dos 694 tiroteios, 686 pessoas foram baleadas. Destas, 526 morreram e 160 ficaram feridas. Veja o perfil das vítimas:

Arma de fogo sendo disparada
Reprodução.

O Instituto Fogo Cruzado divulgou, nesta quarta-feira (19), seu relatório anual sobre violência armada na Região Metropolitana de Belém (RMB). Em 2024, foram registrados 694 tiroteios, com 686 pessoas baleadas. Destas, 526 morreram e 160 ficaram feridas.

O levantamento aponta que 42% dos tiroteios e 41% das vítimas baleadas ocorreram durante operações policiais, evidenciando o impacto da letalidade policial na região. Além disso, o relatório destaca o aumento dos chamados “ataques armados sobre rodas”, conhecidos como “carro preto” ou “carro prata”, que somaram 96 registros ao longo do ano.

Distribuição da violência por município
Belém concentrou o maior número de ocorrências, com 372 tiroteios e 269 mortes, seguida por Ananindeua (124 tiroteios e 106 mortes) e Marituba (62 tiroteios e 56 mortes). Castanhal, Benevides, Santa Izabel do Pará, Barcarena e Santa Bárbara do Pará também registraram casos significativos.

Perfil das vítimas
Entre os baleados, 97% eram adultos e 52% eram negros. A violência também impactou diretamente residências, com 81 vítimas atingidas dentro de casa. O levantamento contabilizou seis chacinas, sendo quatro em ações policiais, resultando em 18 mortes.

Violência contra agentes de segurança
O relatório aponta que 41 profissionais da segurança pública foram baleados em 2024, sendo 26 mortos e 15 feridos. A Polícia Militar foi a mais atingida, com 28 casos.

O Fogo Cruzado, que monitora a violência armada em diversas regiões do Brasil, alerta para a necessidade de políticas públicas voltadas à redução da letalidade policial e ao monitoramento contínuo da violência na RMB.

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