O levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE/PA), divulgado nesta sexta-feira (12), mostra que diferentes modais registraram reajustes que podem chegar a 15% justamente no período de maior demanda por deslocamentos.
No Terminal Rodoviário de Belém, as passagens para municípios do interior apresentam ampla variação de preços. Destinos como Castanhal custam R$ 14, enquanto cidades mais procuradas, como Bragança e Salinópolis, chegam a R$ 92,15. Viagens mais longas, como para Paragominas, Tucuruí e Marabá, ultrapassam R$ 100, chegando a R$ 195,50 no caso de Marabá.
Em Mosqueiro, um dos destinos preferidos dos moradores da capital, a passagem urbana administrada pela Prefeitura ficou cerca de 15% mais cara em relação ao fim de 2024, passando a custar R$ 7,40, embora o transporte siga gratuito aos domingos e feriados. As cooperativas que operam o trajeto até a ilha cobram, em média, R$ 15.
No transporte fluvial, as tarifas no Terminal Hidroviário de Belém variam entre R$ 40 e mais de R$ 60 para localidades como Soure, Salvaterra e Ponta de Pedras. Já nas rotas interestaduais, o DIEESE registrou preços que atingem R$ 270 para São Luís, R$ 500 para Fortaleza, R$ 640 para Brasília, R$ 1.030 para São Paulo e R$ 1.160 para o Rio de Janeiro, podendo haver aumentos de até 15% nos períodos de maior procura.
Apesar de algumas reduções recentes, o transporte aéreo continua entre os mais caros do país, para quem sai da região Norte. Trechos podem ultrapassar R$ 3 mil, o que reforça a necessidade de compra antecipada.
Para motoristas, o cenário também é desfavorável: manutenções básicas tiveram alta e podem ultrapassar um salário mínimo, por causa dos reajustes em itens como pneus, pastilhas de freio, alinhamento, balanceamento e troca de óleo. Além disso, os combustíveis permanecem caros em Belém. Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), entre os dias 30 de novembro e 6 de dezembro, apontam média de R$ 6,18 para a gasolina, R$ 4,75 para o etanol e R$ 5,96 para o diesel S10.
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