Com a proximidade da COP30, que será realizada em Belém em novembro de 2025, o Fundo Casa Socioambiental e a Rede Comuá lançaram uma publicação inédita para ampliar a participação qualificada de comunidades tradicionais e organizações de base nas negociações internacionais sobre o clima.
O material reúne conteúdos acessíveis sobre o funcionamento da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, o Acordo de Paris e orientações práticas para quem participará pela primeira vez do evento. Além de servir como guia, a iniciativa busca fortalecer politicamente povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos, juventudes, mulheres e movimentos sociais locais, que historicamente enfrentam barreiras de acesso a esses espaços.
“Essa publicação é mais do que um guia para participar de uma conferência. É um instrumento de fortalecimento político e técnico dos grupos que estão na linha de frente da luta climática no Brasil”, destacou Cristina Orpheo, diretora-executiva do Fundo Casa Socioambiental.
A publicação, idealizada pelo Fundo Casa em parceria com a Rede Comuá e produzida pela pesquisadora Graciela Hosptein, chega em um momento estratégico, quando cresce a mobilização de comunidades periféricas e tradicionais para ocupar com mais protagonismo os espaços de decisão climática. O documento também orienta sobre como construir alianças e fortalecer a incidência da sociedade civil em nível global.

Segundo os organizadores, o fato de a COP30 acontecer no Brasil, em um ambiente democrático, representa uma oportunidade única para integrar de forma efetiva a participação da sociedade civil organizada, povos indígenas e comunidades locais nas negociações climáticas.
A iniciativa integra uma série de três publicações ligadas à agenda climática que serão lançadas ao longo de 2025 pelo Fundo Casa, como parte da estratégia de produção de conhecimento e fortalecimento de capacidades.
Sobre o Fundo Casa Socioambiental
Com duas décadas de atuação, o Fundo Casa é um fundo filantrópico que promove justiça socioambiental e climática, conservação da natureza, democracia e equidade de gênero e raça. A organização mobiliza recursos que chegam diretamente às comunidades e organizações locais, fortalecendo soluções desenvolvidas por quem está na linha de frente do cuidado com os territórios.
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