O diretório estadual do Partido dos Trabalhadores no Pará definiu neste sábado (06) a estratégia eleitoral para 2026, priorizando a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a manutenção da aliança liderada pelo MDB no estado. Por maioria, a sigla indicou o deputado estadual Dirceu Ten Caten para a vaga de vice-governador na chapa encabeçada por Hana Ghassan, pré-candidata indicada pelo governador Helder Barbalho à sua sucessão.
Decisão interna e alinhamento da estratégia
A reunião derrotou a proposta da corrente Unidade na Luta (UL), vinculada ao ex-senador e atual superintendente da Sudam, Paulo Rocha, que defendia maior protagonismo do PT na aliança com o MDB, incluindo a possibilidade de disputar a vice ou uma das vagas ao Senado. Outras tendências com menor poder no diretório estadual petista defendiam candidatura própria, enquanto parte do partido não se posicionou. A deliberação reafirmou como metas ampliar as bancadas na Alepa e na Câmara dos Deputados, seguindo uma orientação considerada mais pragmática, voltada à preservação de espaços institucionais e à governabilidade.
Disputa pelo Senado e correlação de grupos
A articulação de Paulo Rocha para disputar o Senado perdeu força. Avaliações internas indicam que a viabilidade dependeria de apoio do Palácio do Planalto, considerado improvável no cenário atual. Em minoria no diretório, o grupo de Rocha não reúne votos para enfrentar a base que segue o senador Beto Faro, apontado por analistas como líder de um PT mais pragmático e menos ancorado em debates ideológicos.
Dirigentes avaliam que parte da militância pode resistir a uma chapa com duas vagas destinadas ao MDB, citando Helder Barbalho e Chicão como possíveis candidatos. Segundo fontes, o PT nacional trabalha para que ao menos uma das vagas seja ocupada por outro aliado, o atual ministro do Turismo, Celso Sabino, que enfrenta um processo de expulsão de seu partido, o União Brasil, por decidir ficar no governo Lula, após rompimento partidário.
Nos bastidores, circula a informação de que o PT Pará poderá desautorizar lideranças a integrarem a coordenação de uma eventual candidatura de Chicão (MDB) ao Senado, recado interpretado como direcionado a Beto Faro.
A federação e os diretórios municipais devem iniciar nas próximas semanas um calendário de alinhamento regional para ajustar acordos locais às diretrizes aprovadas no encontro deste sábado.
Leia também:













Deixe um comentário